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Raízes da musica
Brasileira - Origens
Durante mais
de tr? s?ulos homens e mulheres africanos chegaram ao Brasil como
escravos.
Nesse chamado ?per?do da di?pora?, trouxeram com eles n? apenas sua
m?-de-obra, mas universos culturais m?tiplos e surpreendentes, j?que,
al? de virem de outro continente, vinham tamb? de na?es variadas e
diferentes entre si.
No centro de todo aquele caldeir? cultural, por?, a m?ica sempre
ocupou um lugar central.
Fosse por sua fun?o religiosa ou fosse no esfor? daqueles homens e
mulheres em manterem suas identidades culturais diante da viol?cia da
escravid?.
O Coral Iyun As?Orin apresenta uma das manifesta?es mais
significativas e fascinantes
da cultura negra no Brasil: os c?ticos sagrados.
O grupo divulga a hist?ia contida nos c?ticos sagrados e seus
conte?os simb?icos.
Revela assim religiosidade profunda professada por grande parte dos
afro-descendentes nas comunidades-terreiros, por segmentos
significativos da sociedade brasileira e, de um modo ou de outro,
consciente ou inconscientemente, por toda a popula?o
brasileira.
Os c?ticos s? apresentados mantendo suas melodias e letras originais.
Os dialetos iorub? nag?e geg? em que s? entoados, s? ainda
correntes na ?rica e j?foram falados no Brasil.
Hoje permanecem como l?gua lit?gica em grande parte das
comunidades-terreiros de todo territ?io nacional.
Com melodias milenares que j?atingiram sua ess?cia, conjugando
simplicidade e beleza, com escalas modais, para n? inusitadas, s?
harmonizados para coral .
A soma de todos esses aspectos gera um efeito musical final de transe e
encantamento para os
ouvintes.
O acompanhamento do grupo feito por r? percussionistas e,
eventualmente, um violonista, s?tende a aumentar a intensidade da
experi?cia proporcionada por uma apresenta?o do Coral Iyun As?Orin.
Veja o
v?eo no YOUTUB >
www.youtube.com/watch?v=Ss19Zo6JbAQ
DJALMA CORR?:
UM MINEIRO BAIANO
Nascido em Ouro Preto, Minas Gerais, no dia 18 de novembro de 1942, Djalma
Novaes Corr?, que vem de uma fam?ia com forte presen? da m?ica, passou a
viver e estudar em Belo Horizonte a partir dos 12 anos de idade. Depois de
aprender bateria, formar-se em eletr?ica, e participar de alguns grupos
musicais, Djalma viria estudar Percuss? e Composi?o nos Semin?ios de
M?ica da Universidade Federal da Bahia, passando a conviver e aprender com
os mestres daquela casa, a exemplo de Walter Smetak, Hans Joachim
Koellreutter, Widmer e muitos outros outros. Al? de tocar contrabaixo na
Orquestra Sinf?ica da UFBa, conseguiu com a dire?o dos Semin?ios uma
sala, localizada no por? do pr?io, onde instalou a sua "oficina".
Essa forma?o, de ambi?cia mais acad?ica, somada ?sua experi?cia
anterior como m?ico popular e ?que viria desenvolver logo em seguida, com
o grupo dos baianos, fez de Djalma um m?ico completo. Compartilhou com
Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Beth?ia, Gal Costa, Tom Z? Alcyvando
Luz, Fernando Lona e Antonio Renato (Perna Fr?s) novas viv?cias, no
ambiente da cultura musical emergente no in?io da d?ada de 1960,
participando das sess?s do show "N?, por Exemplo...", como parte das
programa?es de inaugura?o do Teatro Vila Velha.
Djalma permaneceria na Bahia, pesquisando, enquanto o n?leo dos componentes
do grupo seguiria, para abrir novos caminhos em S? Paulo. As consequ?cias
daquelas performances renderam os melhores resultados poss?eis, pois a
maioria deles se tornariam artistas consagrados. Sem esquecer que desse
n?leo ?que surgiria o movimento depois batizado de Tropicalismo. Djalma
n? ?exce?o. Mas seu trabalho como pesquisador e compositor ficou mais
subterr?eo, enquanto que futuramente a sua participa?o como percussionista
se somaria, como elemento essencial, ao sucesso dos demais.
Show "N?, por Exemplo...", 22 de agosto de 1964
[...] "A primeira escola foi o Semin?io de M?ica, da Universidade Federal
da Bahia, ao lado desse grande Mestre, Koellreutter, Smetak, Widmer, me
ensinou muito. Mas outros mestres, vamos dizer assim da coisa pr?ica, de
meter a m? no couro, a?realmente foram os alab?." [...]
"N?, por Exemplo" foi o nome do show, o primeiro show que a gente fez na
Bahia, em conjunto. O grupo formado por (quer dizer, n? como se fosse um
conjunto vocal ou um grupo, mas um grupo de compositores, cantores e
instrumentistas). Eu acho que o primeiro show que se chamava N?, Por
Exemplo, contou com as participa?es de Maria Beth?ia, Gal Costa, Gilberto
Gil, Alcyvando Luz, Tom Z? Perna Fr?s e Djalma Corr?, al? de mim. Djalma
Corr? totalmente, desde o primeiro show" [...]
N?, Por Exemplo ?1964. Teatro Vila Velha inaugurando.
[...] "Era uma s?ie de espet?ulos que inauguravam o teatro Vila Velha.
Othon Bastos, Jo? Augusto, aquela turma toda do teatro da Universidade, que
criou o Grupo de Teatro dos Novos. Todos amigos da gente. Ent? se pensou
"puxa, show musical"! Que na ?oca n? existiam shows musicais assim. E
aconteceu de ter um grupinho, que a gente se encontrava sempre mas sem
nenhuma inten?o, nunca houve nenhuma inten?o assim de show. Que era Gil,
que tocava sanfona, Caetano, tocando viol?, as composi?esinhas dele
legais, assim as primeiras composi?es de Caetano.
Gal, que chamava Maria da Gra?. A gente se encontrava sempre. Ent? era
aquela coisa gostosa de tocar e cantar, aquela coisa bem despretensiosa.
Ent? surgiu uma figura chamada Orlando Sena e disse "N? vamos organizar
isso e vamos fazer um show". E esse show aconteceu exatamente pra a
inaugura?o do Teatro Vila Velha (que pegou todo mundo assim de susto, que
ningu? tinha essa inten?o de fazer um espet?ulo. Foi a primeira vez que
Beth?ia pisou num palco. A primeira vez que a gente fez um show, assim
organizado. E eu era baterista. Mas eu tava metido tamb? com composi?o,
m?ica eletr?ica e eu me lembro que nesse show, que era uma coisa assim t?
aberta e eu fiz uma pe? de m?ica eletr?ica. Chamava "Bossa 2000 D.C."
Bossa 2000 depois de Cristo. A?ent? realmente come? uma coisa que tamb?
me pega de surpresa, que foi esse lado da m?ica popular, que eu j?tocava
em Belo Horizonte, que era bailes e tal."
"Na Bahia eu continuei, tocando com a Orquestra de Carlos Lacerda. E depois
ent? eu trabalhei com esse grupo, que foi o "N?, por Exemplo...". Caetano,
Gil, Beth?ia, Gal, Tom Z? Fernando Lona. E ent? a?eu comecei a me
dedicar de uma forma assim mais s?ia at?pra isso. E comecei a formar um
grupo, que sempre foi a minha inten?o de reunir esses maravilhosos alab?
que eu conheci na Bahia. Foi um trabalho, no in?io tremendamente dif?il,
porque a coisa mais dif?il, com um alab??voc?dar disciplina a ele. Ele ?
indisciplinado por na tureza. Ent? as pessoas diziam: "Puxa, voc?vai
trabalhar com Vadinho? ?imposs?el trabalhar com esse cara. Bom, eu
consegui depois de muito tempo, Vadinho fez parte desse grupo. Vadinho,
Dudu. Fui tendo v?ias forma?es do Baiafro. Eu lembro de uma das forma?es
que era Onias Camardelli, Edinho Marundel? que ?um angoleiro maravilhoso.
Depois a segunda forma?o do Vadinho do Gantois, o irm? dele Dudu do
Gantois tamb?." [...]
Vadinho, c?ebre Og?Alab?do terreiro do Gantois
Djalma coletou registros musicol?icos, fez a releitura musical dos toques
lit?gicos de fei?o afro-brasileira, e destacou pela import?cia do
Batacot? - um tambor cujo toque ?s?bolo da luta, tendo sito utilizado na
revolta dos Mal? na Bahia e depois proibido. Seu grande acervo documental
incluiu grava?es feitas em sess?s de terreiros de candombl? al? de
outras comunidades ligadas ?cultura africana em todo o Brasil, trabalho que
se ampliaria depois, atrav? da parceria com o produtor Roberto Santana, que
viajou, junto com Djalma, coletando material ?dio-visual em diversas
regi?s brasileiras, no per?do de 1973 a 1975.
A forma?o do Grupo Baiafro ser?o amadurecimento das id?as de Djalma sobre
a linguagem percussiva afro-brasileira.
A estudiosa Ayeska Paulafreitas, escutando Ild?io Tavares, deixou
registrado em sua monografia sobre o desenvolvimento da chamada Ax?Music:
[...] "Outro nome importante nesse forno que cozinhou a m?ica de ax?
(Tavares, 2005) foi Djalma Corr?(*), que contribuiu para a forte presen?
da percuss? na m?ica baiana das d?adas de 60 e 70. Corr? criou o grupo
Baiafro, que chegou a ter 21 integrantes, inclusive bailarinos, e fez
apresenta?es no exterior. Realizou experi?cias com m?ica eletr?ica para
bateria e em 1977 lan?u pela Phonogram o LP Candombl? com diversos cantos
de m?ica ritual da na?o Ketu. Hoje reconhecido mundialmente, Djalma Corr?
tem discos-solo gravados e presen? nos trabalhos de artistas nacionais e
internacionais."
(*) "Djalma veio de Minas estudar m?ica erudita e come?u a tocar e fazer
m?ica sofisticad?sima, eletr?ica. Ele rivalizava com Walter Smetak. Os
dois disputam quem era mais maluco. No por? do Semin?io de M?ica tinha a
parafern?ia de Smetak e a parafern?ia de Djalma, m?ica eletr?ica" [...]
BANDA CAUIM & DJALMA CORREA
"Talvez seja esta a dupla mais separada. Quer em escola, quer em informa?o:
Banda Cauim ?formada por m?icos que vieram do in?io do rock no Brasil e
da?desenvolveram para o Jazz moderno. Djalma Corr? pertence a uma fam?ia
de m?icos sinf?icos. Foi essa a sua primeira informa?o. At?o dia que foi
trabalhar na Sinf?ica da Bahia com o Maestro H. J. Koellreutter. Contatos
com o som afro dos Candombl? e afox? fizeram com que Djalma desse uma
guinada de 180?. Hoje sem d?ida, o percusssionista mais brasileiro dos
brasileiros ?muito ligado ?m?ica da natureza. Ou?mos a sua faixa de 15
minutos neste ?bum. Os extremos se chocam e foi o que aconteceu neste
disco, neste trabalho. A Banda Cauim serviu ao Djalma como Djalma serviu ?
Banda Cauim."
Roberto Sant'Ana
"Atrav? da s?ie M. P. B. C. - M?ica Popular Brasileira Contempor?ea, a
Phonogram se prop? a mostrar a gama diversificada de tend?cias hoje
reveladas na m?ica instrumental feita no Brasil, por profissionais
instrumentistas, compositores e arranjadores, dispostos a encontrar o seu
espa? dentro da m?ica popular brasileira, ampliando o seu campo de a?o e
reconhecimento.
Coube ?Phonogram criar condi?es para realiza?o desse projeto, sem
entretanto limitar ou interferir na concep?o musical de cada um dos
participantes."
"Agilidade, criatividade e dom?io r?mico fazem de Djalma Corr? um dos
mais vigorosos percussionistas da atualidade. Como bom mineiro, ele vem
trabalhando devagar e sempre, ao longo dos anos, na constru?o de uma s?ida
carreira de instrumentista, baseada em pesquisa, estudo e muita garra.
Djalma ?possuidor de instrumentos, incluindo atabaques e tambores de todos
os tipos e tamanhos, flautas de encantadores de serpentes, panelas e
pinicos. Isto sem falar dos instrumentos que ele mesmo inventa e constr?.
A caracter?tica mais marcante da M?ica Popular Brasileira sempre foi a
riqueza r?mica. Injustamente relegada ?condi?o de "cozinha", a percuss?
?aqui redimida pelas m?s de Djalma que sabe, como poucos, descobrir na
polirritmia da vida seus sil?cios e pulsa?es. O equil?rio foi buscar nas
verdes colinas de Ouro Preto, terra natal, onde alternava peraltices com
c?ticos de prociss?s e ensaiava as primeiras notas. Em Belo Horizonte,
aprende bateria e alegra as festinhas da mo?da com seus conjuntos de bossa
nova. Aos 17 anos vai estudar Percuss? e Composi?o nos semin?ios de
M?ica da Universidade Federal da Bahia.
A?entra o tempero. Mistura o barroco mineiro ao dend? pimenta e folhas da
rica culin?ia baiana e aprofunda o gosto afro-brasileiro. Fica em Salvador
at?76. Nestes 17 anos desenvolve intensas pesquisas nos terreiros de
candombl? e, de gravador em punho entrevista pais e m?s-de-santo, aprende
os toques rituais e surpreende o riqu?simo universo cultural que envolve a
negra Bahia.
Em 64 faz, juntamente com Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria
Beth?ia, entre outros, o espet?ulo "N?, Por Exemplo", marco inicial na
carreira art?tico-musical de cada um. Paralelamente participa de diversos
festivais de m?ica erudita da ?oca com suas composi?es de m?ica
eletr?ica. Faz fotografia e trilhas sonoras para filme e teatro. Em 70 cria
o grupo de m?ica e dan? BAIAFRO, com o qual grava um LP lan?do no
exterior - "Salom? - The Dave Pike Set and Grupo Baiafro in Bahia"", e faz
tourn?s e apresenta?es em todo pa?, sob o patroc?io do Instituto
Cultural Brasil-Alemanha. Em 75 Djalma participa como convidado especial dos
espet?ulos que o guitarrista alem? Volker Kriegel e a Mild Maniac
Orchestra fazem no Brasil. Em 76 reencontra, j?no Rio, os quatro baianos e
juntos voltam ao palco no show "Os Doces B?baros". Em novembro do mesmo ano
vai com Maria Beth?ia ?It?ia para o espet?ulo de reabertura do Teatro
Sistina. Em 77 produz o LP "Candombl?quot;, selo PHILIPS e participa com
Gilberto Gil do Festival de Arte e Cultura Negra, em Lagos, Nig?ia, tocando
tamb? com este no "show" e LP "Refavela". Djalma Corr? ?o respons?el
pela execu?o do Projeto PHONOGRAM de Pesquisa e Documenta?o do Folclore do
Brasil, realizado de 73 a 75, em todo territ?io nacional e que re?e em
fita, filme e fotografia as manifesta?es mais caracter?ticas de nossa
cultura. Falar em Djalma ?falar de um m?ico m?tiplo, sangu?eo, Mago do
Som, "bruxo" da polirritmia criadora e transformadora da ra? brasileira."
"HOMENAGEM A UM ?DIO CONHECIDO" - evidencia a musicalidade da prosa e canto
de um dialeto do tronco lingu?tico G? A recria?o do clima natural ?
obtida atrav? de pios, flautas e pequenos tambores nativos. Este ?dio foi
encontrado h?alguns anos atr? nas ruas de Salvador.
"SAMBA DE RODA NA CAPOEIRA" - ?uma maneira um pouco mais erudita de cantar
o samba de roda e a capoeira, duas das manifesta?es populares mais
aut?ticas da boa terra. Nos versos, uma alus? ?repress? policial que a
capoeira sofreu no passado, superada gra?s ?mal?ia e manha da nossa
gente.
"BAIAFRO" - efetua a transfus? das matrizes africanas ao universo r?mico
brasileiro.
"SAMBA DE OUSADIA" - bate-papo bem humorado entre a cu?a do ex?io
instrumentista Nen? e o tambor-falante (talking-drum) de Djalma. O di?ogo
evolui para um samba quente, daqueles que na Bahia costuma-se chamar "de
ousadia", com todos os ingredientes da sensualidade negra.
"BANJIL?RAFO" - ?uma pequena caixa contendo teclas (semelhantes a uma
m?uina de escrever) sobre cordas finas. A linha mel?ica fica por conta do
viol? sertanejo de Sodr? baiano natural de Santo Amaro da Purifica?o.
"OS 4 ELEMENTOS" - trabalho experimental que parte do som natural da
?ua/Terra/Ar/Fogo para ubi-lo ?cantiga e ao toque ritual do Orix?
correspondente. Como se sabe, as divindades do pante? afro-brasileiro
representam na sua grande maioria, as for?s elementares da natureza.
"PIANO DE CUIA" (Kissange) - foi largamente utilizado pelos escravos no
tempo do Brasil Colonial. O piano utilizado nesta grava?o foi constru?o
por Djalma que, nas suas pesquisas, encontrou alguns remanescentes deste
instrumento entre descendentes africanos.
"TUDO MADEIRA" - inclui grande variedade de instrumentos deste material,
entre os quais o balafon, flauta marroquina, caba?s, tambores, blocos e
pulseiras.
"Como m?ico e estudioso da cultura afro-brasileira, sempre considerei de
fundamental import?cia a documenta?o do riqu?simo repert?io oral dos
povos de descend?cia africana no Brasil. Este ?o primeiro de uma s?ie de
LPs que mostrar?c?ticos rituais das diversas na?es que aqui chegaram,
provenientes das mais diversas regi?s da ?rica. No presente trabalho
reproduzimos elementos do candombl?do grupo Ketu, origin?io do oeste da
Nig?ia, e que, juntamente com outros grupos da cultura iorub?nag? tais
como os oy? egb?o, ijex?e sab? sobreviveu com uma estrutura pr?ria,
vindo a influenciar - apesar de tamb? assimilar elementos da cultura g??
(Daom? - as outras na?es, exercendo um papel de destaque e predomin?cia
no cen?io religioso nacional.
Atrav? da preserva?o de suas tradi?es sacras, os iorubas conseguiram
sobreviver como cultura viva e din?ica atrav? destes s?ulos. O registro ?
oportuno, dado ? inevit?eis mudan?s e transforma?es ocorridas na
sociedade global.
A festa p?lica no terreiro inicia-se dentro do barrac? com o pad?
(despacho para Exu), seguindo-se o xir? cerim?ia que corresponde a um
convite aos orix? (divindades do pante? nag? para que compare?m
incorporando seus "filhos" (iniciados no culto). A sauda?o ? divindades
obedece a uma hierarquia pr?ria: a abertura pertence a EXU, primeiro orix?
dentro da casa de candombl? respeitad?simo por servir como intermedi?io
entre os deuses e os homens, sendo que sem o seu consentimento nada se
realiza.
Sauda-se Exu dizendo Laroi? A seguir canta-se para OGUN, orix?patrono do
ferro e das ferramentas, senhor da guerra - Ogunh? OXOSSI, patrono da ca?
e dos ca?dores, com Ok?Ar? OSSANHA, senhor da vegeta?o, das ervas e das
folhas, das po?es medicinais e rituais - Eu u?; OBALUA?ou OMOL? patrono
das doen?s de pele, especialmente a var?la - Atot?; OXUMAR? o arco-?is,
que relaciona os dois elementos-terra e infinito -, cuja sauda?o ?
Orroboboi!; XANG? deus do trov? e do raio, orix?da casa real de Oy?
Nig?ia, s?bolo da dinastia - Kaw?Kabiesil?; IANS? deusa dos ventos e
tempestades, patrona soberana dos mortos, saudada por Eparr?!; OXUM, orix?
da ?ua, da fertilidade e das riquezas - Ora i?i??; NAN?ou NAN?BOROC?
a mais velha dos orix? da ?ua e da terra, das fontes, do barro e da
agricultura - Salub? IEMANJ? orix?m?, deusa das ?uas, cuja sauda?o ?
Odoi?; EU? santa guerreira, uma das mulheres de Xang? sendo sua sauda?o
Ri R?; OB? terceira mulher de Xang? guerreira temida, deusa do rio Ob?
(?rica) - Ob?xi!; e o ?timo e mais importante orix?do complexo nag?
OXAL? tamb? chamado ORIXAL?e OBATAL? princ?io da simbologia do branco,
deus da cria?o, da justi? e da harmonia, marido de NAN?e pai de todos os
orix?, cuja sauda?o ??a Bab?
Reza a tradi?o que seja contado o m?imo de tr? e o m?imo de sete
cantigas para cada divindade. Devido ao espa? decidimos gravar apenas uma
para cada orix? optando pela smenos conhecidas, ainda in?itas em disco. No
candombl?Ketu usa-se o dialeto iorub? herdado oralmente, o que poder?
acarretar controv?sias quanto ?pron?cia correta. Vale aqui ressaltar o
fato da tradi?o oral preservar fundamentalmente o som da palavra.
Os instrumentos utilizados s? tr? atabaques de diferentes tamanhos: o RUN
(grande), o RUMPLI (m?io) e o L?(pequeno), al? do G?(agog?.
As pessoas que participam desta grava?o - alab? (tocadores) e "filhas" de
santo - pertencem ? mais tradicionais e respeitadas casas de cultoi afro da
Bahia. |