Lusofonias

 Home   Rádio    Televisão   Contato   Embaixadores    Sobre

A aula de hoje é sobre: Cabo Verde, suas culturas e tradições

História

 A história e cultura cabo-verdiana são o resultado de centenas de anos de interação e mistura de várias populações, cujos acontecimentos recentes favoreceram a criação da República de Cabo Verde. Desde os tempos das rotas dos escravos até à declaração da independência, Cabo Verde viu passar pelas suas ilhas dezenas de culturas diferentes, hoje enraizadas e misturadas. Os Kriol, uma população local que fala uma língua de origem portuguesa, estão perfeitamente integrados com a população do Senegal e da Guiné-Bissau. Mais de 90% da população é católica. Uma seção histórica está repleta de detalhes, fotos e documentos.

O arquipélago de Cabo Verde terá sido descoberto no ano de 1460 por navegadores italianos e portugueses. Santiago foi a ilha mais favorável para a ocupação e assim o povoamento começa ali em 1462.

A questão da Descoberta // Arquipélago de Cabo Verde.
A questão da autoria da descoberta de Cabo Verde é objeto de discussão historiográfica. No contexto dos Descobrimentos portugueses, admite-se que o arquipélago tenha sido alcançado a 1 de Maio de 1460 por Diogo Gomes, a serviço do Infante D. Henrique. Outros autores atribuem o comando da primeira expedição ao veneziano Alvise Cadamosto, em 1456, ano da morte do Infante. Recentemente, entretanto, tem-se afirmado a prioridade do genovês António da Noli — ainda em vida do Infante —, com base na Carta-régia de 19 de setembro de 1462, que a refere expressamente:
"D. Affonso e (…) A quantos esta carta virem fazemos saber que o Infante D. Fernando, Duque de Vizeu e de Beja, Senhor da Covilhã e de Moura e, meu mui amado e presado irmão nos enviou mostrar uma carta assinada por nós e sellada de nosso sello pendente feita em Cintra 12 de Novembro de 1457, porque lhe fizemos doação para elle ou por seu mandado fossem achadas assim e tão cumpridamente como a nós podessem pertencer, e com toda a jurisdição cível, crime, reservando para nós feitos crimes, alçada nos casos que caiba morte ou talhamento de membro (…) segundo mais compridamente em a dita carta é contheudo, pedindo nos o dito infante que, porquanto foram achadas 12 ilhas, a saber: cinco por António da Noli, em vida do Infante D. Henrique, meu tio, que Deus haja, que se chamam: jlha de Santiago e a jhla de Sam Filipe, e as jlhas das Mayas e a jlha das Mayas e a jlha de S. Christovam e a jlha do Sall que são nas partes da Guiná (…).

Em finais de 1461 ou inícios de 1462 em nova viagem, o descobridor Diogo Afonso teria avistado as ilhas da Brava, São Nicolau, Santa Luzia, Santo Antão, São Vicente e os ilhéus Raso e Branco. De acordo com as narrativas coevas, essas ilhas encontravam-se desertas, sem qualquer indício de presença humana, como referido por Cadamosto:
"…não se encontrando nelas senão pombos e aves de estranhas sortes, e grande pescaria de peixe." (Alvise Cadamosto. Relação das Viagens à costa ocidental da África.)

João de Barros, assim referiu a descoberta e o seu nome:
"Neste mesmo tempo (...) se descobriram as ilhas a que agora chamamos de Cabo Verde (...) e do dia que partiram da cidade de Lisboa a dezasseis dias foram ter à ilha de maio à qual puseram este nome por a viram em tal dia. E (...) descobriram as outras (...) que por todas são dez, chamadas por comum nome ilhas de Cabo Verde por estarem ao poente dele por distância de cem léguas." (João de Barros. Décadas da Ásia.)
Valentim Fernandes confirma que as ilhas se encontravam desabitadas:
"(...) Foram a uma e lançaram gente fora para verem se havia povoação e não acharam. Foram à segunda, não acharam rasto de gente (...). As outras caravelas viram as outras ilhas porém nenhuma delas povoada, senão grande multidão de aves e grande pescaria (...)." (Valentim Fernandes. Manuscrito.)

Período Feudal / Século XV
Como os Açores e a Madeira, estas novas ilhas também eram desabitadas e foram incorporadas ao património da Ordem de Cristo. Após a morte do Infante D. Henrique (1460), Afonso V de Portugal transferiu as ilhas ao seu irmão, o Infante D. Fernando, então administrador da Ordem, por doação de 3 de Dezembro de 1460, "perpétua e irrevogavelmente", passando esta a receber o dízimo real e o religioso. Pelos seus termos, o Infante passava a superintender na jurisdição civil e criminal, com reserva apenas nos casos de pena de morte e talhamento de membros, de alçada exclusiva da Coroa.

Neste primeiro momento a doação abrangeu apenas as cinco primeiras ilhas e, passados dois anos, em 19 de Setembro de 1462, a totalidade do arquipélago.

Anos mais tarde, por carta em resposta a seu irmão, o soberano reportou que "...havia quatro anos que começara a povoar a ilha de Santiago (...) que, por ser tão alongada de nossos reinos, a gente não quer a ela ir viver, senão com muitas liberdades e franquezas." (Carta de D. Afonso V ao Duque de Viseu, 12 de Junho de 1466.)

A sua colonização iniciou-se, portanto, ainda em 1462, pela ilha de Santiago, em sua parte sul, na Ribeira Grande. Foi empregado o sistema de capitania, com mão-de-obra escrava oriunda da vizinha costa da Guiné, para a cultura de cana-de-açúcar, algodão e árvores frutíferas. A ilha de Santiago foi dividida em duas circunscrições, sendo uma delas a Capitania do Sul, com sede na Ribeira Grande, doada a António da Noli. A outra foi doada a Diogo Gomes. Para colonizar o seu lote, Noli trouxe colonos do Alentejo e do Algarve.

A segunda ilha a ser povoada foi a de São Filipe, atual Fogo, única que apresentou condições para o plantio da vinha, em finais do século XV, embora só haja testemunho documental no início do século seguinte, por doação de Manuel I de Portugal ao 2o. conde de Penela, D. João de Vasconcelos e Menezes, referindo que os termos da doação eram "assim e tão inteiramente como os capitães da dita ilha de Santiago os hão e usam deles." As doações seguiram-se nos anos seguintes, como as das capitanias das ilhas Brava, Sal e Santa Luzia, doadas a João Pereira (22 de Outubro de 1545) e a de Santo Antão, a D. Gonçalo de Souza (13 de Janeiro de 1548). Desde o início do povoamento, as ilhas da Boavista e do Maio foram destinadas à criação de gado, e doadas ao capitão da parte Sul da ilha de Santiago. Ainda assim a da Boavista foi novamente doada em 1490, vitaliciamente, a Rodrigo Afonso, com a determinação de que aquele capitão era obrigado ao pagamento do dízimo sobre os couros, sebo e carne dos animais ali criados, podendo matar os que bem entendesse, mas disso dando conhecimento ao escrivão da Fazenda. Acredita-se que a condição fosse idêntica na ilha do Maio, tendo o capitão vendido os seus direitos naquela ilha à família Coelho (10 de Junho de 1504.

Os capitães donatários pouco devem ter se deslocado às ilhas de Cabo Verde, exceto os descobridores, que nelas estiveram pontualmente, de passagem, sendo necessário o recurso a funcionários régios e a delegados insulares para gestão dos interesses quer da Coroa quer dos Donatários.

Posição do arquipélago nas rotas comerciais portuguesas ou carreira da India: percurso seguido na ida (vermelho) e rota de regresso (verde)

Com lentidão, devido aos rigores do clima, semelhante ao desértico, desenvolveu-se a colonização. A posição estratégica do arquipélago no âmbito das rotas atlânticas entre a Europa, a América e a África, contribuíram nos séculos seguintes para o seu desenvolvimento como entreposto comercial e de aprovisionamento, nomeadamente o tráfico de escravos para o Brasil, a região do Caribe e o sul dos Estados Unidos.

Visando incentivar o povoamento, a 12 de Junho de 1466 D. Afonso V concedeu aos habitantes de Cabo Verde o poder de comerciar em toda a costa da Guiné, com excepção da feitoria de Arguim (monopólio real), podendo levar todas as mercadorias que quisessem, salvo armas, ferramentas, navios e seus apetrechos, o que, a rigor, nunca foi cumprido. As mercadorias adquiridas, após o recolhimento dos impostos régios, podiam ser vendidas em Portugal e seus domínios, ou mesmo fora do reino. Tal grau de liberdade visava incentivar o povoamento de Cabo Verde, e ampliar o seu comércio, beneficiando os interesses da Coroa. Dois anos mais tarde (1468) registra-se o início da coleta da urzela, utilizada como corante na manufatura de tecidos, cuja exploração foi concedida a dois castelhanos.

Com a mudança da política portuguesa no norte de África, diante da necessidade de prosseguir a exploração das costas africanas, em 1469, o soberano arrendou a Fernão Gomes o comércio da Guiné, por cinco anos, no montante de duzentos mil reais por ano, com a obrigação de nesse período se descobrirem cem léguas do litoral africano para Sul. Ressalvava-se, entretanto, que "com a limitação que não resgatasse em a terra firme defronte das ilhas do Cabo Verde por ficar para os moradores delas". Nesta concessão participavam interesses de diversos mercadores italianos, alguns com sede no Funchal, ficando a ilha da Madeira responsável pelo reabastecimento de trigo das armadas com destino à costa da Guiné. Imediatamente os habitantes de Cabo Verde contestaram essa concessão, uma vez que o seu próprio comércio há muito que se internara na região do golfo, alcançando até mesmo a Serra Leoa.

Anos mais tarde, em 1497, a Armada sob o comando de Vasco da Gama escalou em Cabo Verde, a caminho da Índia, na baía da Ribeira Grande.

O século XVI
As dificuldades de aproveitamento agrícola nas ilhas foram apontadas desde as suas primeiras descrições, como a de Duarte Pacheco Pereira, que nelas esteve algumas vezes ainda no século XV:
"Estas ilhas são estéreis porque são vizinhas do trópico de Câncer e têm muito pouco arvoredo por causa de nelas não chover mais dos ditos três meses: são terras altas e fragosas e serão más de andar (...) os frutos não se dão nesta terra senão de regadio." (Esmeraldo de Situ Orbis, livro I, cap. XXVIII).

Ainda assim, já no século XVI os principais itens da pauta de exportações das ilhas são couros, sebo, algodão, cavalos, açúcar, aguardente e frutas como figos, uvas e melões, além da reexportação de tecidos ("panos") para o continente africano.

Por volta de 1513-1515 o comércio de escravos encontra-se em vigorosa expansão. O seu principal centro, a Ribeira Grande de Santiago (atual "Cidade Velha"), em 1533 foi elevado à categoria de cidade, tornando-se sede de um Bispado. A sua importância era de tal ordem que, já em 1541, foi assaltada por piratas da Barbária e, por duas vezes - em 1578 e em 1585 - pelo corsário Inglês Francis Drake.

Em 1587 Duarte Lobo foi nomeado primeiro governador de Cabo Verde, e, na Ribeira Grande, iniciam-se as obras do Forte Real de São Filipe.
Nesse final de século, o cronista Gabriel Soares de Sousa, em sua "Notícia do Brasil" (1587), registra a importância de Cabo Verde para o processo de colonização do Brasil, no tocante à aclimatação e introdução de diversas espécies de animais e plantas, essenciais à história económica deste último, a saber: "...as primeiras vacas que foram à Bahia levaram-nas de Cabo Verde e depois de Pernambuco, as quais se dão de feição, que parem cada ano e não deixam nunca de parir por velhas", "As éguas foram à Bahia de Cabo Verde, das quais se inçou a terra", "As ovelhas e cabras foram de Portugal e de Cabo Verde, as quais se dão muito bem", "E comecemos nas canas-de-açúcar, cuja planta levaram à capitania dos Ilhéus das ilhas da Madeira e de Cabo Verde", "As palmeiras que dão os cocos, se dão na Bahia melhor que na Índia...", "...foram os primeiros cocos à Bahia de Cabo Verde, donde se encheu a terra...", o arroz "é tão grado e formoso como o de Valência", "Levaram a semente do arroz ao Brasil de Cabo Verde", e ainda "Da ilha de Cabo Verde e de S. Tomé foram à Bahia inhames que se plantaram na terra logo, onde se deram de maneira que pasmam os negros da Guiné, que são os que usam mais deles".

O século XVII
Com a abertura do porto da Praia (1612), o antigo porto da Ribeira Grande entra em decadência.

No contexto da Guerra da Restauração, em 1650 Cabo Verde passa a administrar o território português da Guiné, situação que se estenderá até 1879.
Diante da escassez de capitais para o desenvolvimento da região, os Conselhos da Fazenda e Ultramarino autorizam a fundação da Companhia da Costa da Guiné (1664), voltada para o comércio de escravos, colocando fim ao período dos arrendatários individuais e abrindo o das companhias escravagistas. Entre estas, destaca-se a Companhia de Cacheu e Rios da Guiné, que operou entre 1676 e 1682, sendo sucedida, em 1690, pela Companhia do Cacheu e Cabo Verde.

Ainda nesse século, na pauta de exportações de Cabo Verde, destaca-se a de óleo de baleia, com destino ao Brasil.

O século XVIII
Corsários franceses sob o comando de Jacques Cassard assaltam e destroem grande parte da Ribeira Grande (1712), causando a transferência da capital para a cidade da Praia (1769).

A extração e comércio da urzela são declarados monopólio da Coroa Portuguesa (1732), reanimando-se essa tradicional atividade extrativa, que perdura até à década de 1840.

A Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão tem os seus privilégios ampliados com o exclusivo do comércio no arquipélago de Cabo Verde e na Guiné (1757). Com a extinção desta (1778), será criada a Companhia de Comércio da Costa de África, que atuou entre 1780 e 1786.
A partir de 1794 intensifica-se o povoamento da ilha de São Vicente, com a chegada de casais de madeirenses e outros.

Do século XIX à 2ª Guerra Mundial
Em 1814, há muito que aqui cessara o comércio de escravos, pelo que, segundo António de Saldanha da Gama na sua Memória, o fim anunciado deste tráfico em nada influiria na economia desta colónia. As ilhas dependiam então de estrangeiros para o seu sustento e bens de primeira necessidade. Cabo Verde encontrava-se num estado "lastimoso e abatido, vivendo quase exclusivamente da colheita e venda de urzela, comprada na sua totalidade pela Fazenda Real por um preço fixo. Estavam encarregues desta venda os capitães-mores de cada distrito, exercendo nela consideráveis abusos, fosse medindo a urzela à sua maneira e não à dos vendedores; fosse negando o pagamento em dinheiro, e fazendo-o em géneros, que já tinham preparados de antemão, em que os cultivadores, já de si em situação miserável, tinham perda total; fosse recusando o pagamento de algumas quantidades sob pretexto da urzela não estar limpa, obrigando-os a ceder ao agente da Fazenda Régia uma grande parte do valor do produto, sob pretexto de indemnização. Saldanha da Gama propõe como medida de suma utilidade que a urzela seja exceptuada do estanco real, e a sua livre venda permitida, por forma a que este género pudesse competir no mercado europeu com outros então recentemente descobertos, que produziam a mesma cor, e que mesmo sendo de inferior qualidade, acabavam sendo preferidos em razão do seu baixo preço.

Saldanha da Gama propõe ainda que se desenvolva a cultura de algumas plantas e árvores conhecidas pela abundância e excelência dos seus óleos, como o mandobí, o gerzeli, e a palmeira-de-dendé. Esta palmeira e o fruto das outras plantas mencionadas produzem três qualidades diferentes de azeite, todas excelentes, e aplicáveis não só aos usos culinários, como a muitos outros da economia doméstica, e à fabricação de sabão. A pescaria e salga de pescado são também propostos como polos de desenvolvimento da economia local, dada a abundância e excelência do sal nestas ilhas, e a grande quantidade de peixe nos seus mares, juntamente com o elevado consumo de peixe em Portugal. Saldanha da Gama refere ainda a produção nas ilhas de quase todas as frutas tropicais, cana de açúcar e café, assim como frutas de outras partes do mundo, em particular as laranjas, que eram aqui de excelente qualidade. É ainda referida a presença nas ilhas de uma manufactura de tecidos grosseiros de algodão, exportados para os presídios de Bissau e Cacheu.

Em 1817 é aberta a primeira escola primária oficial, na Praia.
Nos anos de 1831 a 1833 regista-se uma grande fome no arquipélago, causando a morte de milhares de pessoas. A ajuda internacional chegou dos Estados Unidos, uma vez que o reino, à época, estava mergulhado na Guerra Civil Portuguesa (1828-1834). Com o advento da navegação a vapor, os ingleses instalam no Porto Grande (Mindelo, ilha de São Vicente), em 1838, um depósito de carvão. Em 1850 esse porto foi aberto à navegação, constituindo-se atualmente no maior do arquipélago.

Novas grandes fomes se sucedem, registando-se a emigração maciça de cabo-verdianos.

Em 1874 os ingleses trazem os cabos telegráficos submarinos até ao porto de São Vicente, ligados à Madeira, à Europa e ao Brasil. Sete anos depois, os cabos foram estendidos até à Praia, ligando-a igualmente à Europa e à África Oriental.

Neste século, a pauta de exportações de Cabo Verde compreende também tartarugas, milho, aguardente, tabaco, âmbar, óleo, sementes de purgueira e sal. A exploração da urzela, do âmbar, do dragoeiro e das tartarugas era monopólio da Coroa.

Abolido o tráfico de escravos (1876), o interesse pelo arquipélago decresceu, situação que só se inverteria no século XX, após a Segunda Guerra Mundial.

A luta pela independência
A partir da década de 1950, com o surgimento dos movimentos de independência dos povos africanos, a colónia portuguesa de Cabo Verde, vinculou-se à luta pela libertação da Guiné Portuguesa (atual Guiné-Bissau).

Em 1956, o intelectual de Bafatá, Amílcar Cabral fundou em Bissau o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Exilado em Conacri, ali criou uma delegação e sede do partido. Cabral foi assassinado em 1973.

Cabo Verde ganhou sua independência como consequência da Revolução dos Cravos, em 1974, que derrubou à ditadura salazarista que governava desde 1926 e dispôs a independência pacífica das colônias. A República de Cabo Verde foi declarada em 5 de julho de 1975, depois de que se celebrassem eleições constituintes nas quais o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) era o único partido legal.
Depois das eleições, Pedro Pires foi declarado Premiê e Aristides Pereira foi eleito presidente pela nova Assembleia Nacional Popular. Ainda que inicialmente tenha prometido iniciar um regime democrático, a repressão aos opositores aumentou no final dos anos 1970 e o país continuou a ser um estado socialista na década seguinte até a queda do comunismo entre 1989 e 1991. No entanto, o histórico de respeito aos direitos humanos em Cabo Verde era relativamente melhor que em outros países do Bloco Socialista[3] e a participação cidadã no governo era maior devido aos comitês locais. Cabo Verde é um dos pouco países no mundo que nunca teve a pena de morte como condenação em seu código penal, ainda que vários partidos políticos de oposição tiveram que ser fundadas no exílio, como a União Caboverdiana Independente e Democrática (em 1975) que foi excluída das negociações de independência, e teve que ser refundada em Portugal em 1981.

Ruptura com Guiné-Bissau
Em 1980, enquanto o PAIGC discutia uma nova Constituição para Guiné e Cabo Verde, o presidente Luís Cabral, da Guiné-Bissau, foi deposto. João Bernardino Vieira assumiu o cargo. Nesse ano, o PAIGC realizou em Cabo Verde um congresso de emergência devido às mudanças políticas em Guiné-Bissau. Em 1981, todos os laços com Guiné-Bissau foram rompidos mediante uma nova constituição.[6] Depois de ratificar os princípios de Cabral,o partido mudou seu nome para Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV), separando-se organicamente do partido de Guiné. As relações de ambos governos foram tensas, até uma mediação em 1982, de Angola e Moçambique, quando o presidente moçambiquense Samora Machel, conseguiu reunir Pereira (reeleito em 1981) e Vieira em Maputo. Na "Conferência de Ex Colónias Portuguesas em África" (1982), realizada em Cabo Verde (cidade de Praia), Vieira participou junto a seus colegas de Angola, Moçambique, Cabo Verde e Santo Tomé e Príncipe. As relações diplomáticas foram normalizadas, embora o partido não se reunificasse e os planos de união fossem abandonados.

O governo de partido único
Após a Revolução dos Cravos, que depôs a ditadura em Portugal (1974), Cabo Verde obteve a sua independência (5 de Julho de 1975).
Cabo Verde e a Guiné-Bissau formaram países separados mas governados pelo mesmo partido único de orientação marxista, o PAIGC. O líder do partido em Cabo Verde, Aristides Pereira, foi empossado como primeiro presidente do novo país.

O plano de unificação política de Cabo Verde com a Guiné-Bissau fracassou em 1980, devido ao golpe militar que, naquele país depôs o presidente Luís de Almeida Cabral - irmão de Amílcar Cabral. A ala cabo-verdiana do PAIGC rompeu com a da Guiné-Bissau e passou a se chamar Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV). As relações diplomáticas com Guiné-Bissau foram rompidas logo em seguida, para serem reatadas dois anos mais tarde.

Em 1984, uma seca reduziu as colheitas cabo-verdianas em 25% em relação aos níveis de 1979, o déficit da balança comercial foi de 70 milhões de dólares e a dívida externa alcançou os 98 milhões de dólares. O sistema de distribuição de alimentos e a eficiente gestão estatal evitaram que o país caísse na fome. Pobre em recursos naturais, com apenas 10% da terra arável, Cabo Verde depende muito da importação de alimentos, especialmente na forma de ajuda humanitária. A escassez obrigou o país a depender da ajuda externa, complicando os projetos do "Primeiro Plano de Desenvolvimento".
Em 1986, o "Segundo Plano de Desenvolvimento" deu prioridade ao setor privado da economia (especialmente o setor informal) e ao combate à desertificação. O objetivo era recuperar - até 1990 - mais de cinco mil hectares de terra e colocar em operação um sistema único de administração e distribuição das reservas de água do país. No primeiro estágio, mais de 15 mil diques de contenção de águas pluviais foram construídos e 23.101 hectares foram florestados. Apesar da seca, a produtividade agrícola aumentou, sendo quase totalmente capaz de fornecer carne e legumes para a população sem recorrer às importações.

Quanto à política externa, o governo socialista cabo-verdiano permaneceu próximo das antigas colônias portuguesas, como Angola e Moçambique, ambos países envolvidos em guerras civis após a independência. Cabo Verde enviou vários soldados para lutar ao lado dos governos comunistas.

Multipartidarismo
Com a queda do comunismo, as pressões internacionais sobre o regime obrigaram Pires a convocar a eleições parlamentares livres multipartidaristas. Em fevereiro de 1990, com a crescente pressão para abertura política, o PAICV, que já anteriormente renunciara às ideias marxistas, convocou um congresso extraordinário, para discussão de alterações propostas à constituição com o fim de abolir o sistema de partido único. Em abril de 1990, vários grupos da oposição uniram-se para formar o Movimento para a Democracia (MpD) na cidade da Praia. Pereira apresentou-se como candidato do partido nas primeiras eleições presidenciais diretas no país, nas quais o PAICV também foi derrotado por António Mascarenhas Monteiro, que recebeu mais de 73% dos votos.

Em 1992 o país ganhou uma Constituição multipartidária e mudou a bandeira, o emblema e o hino nacional (que anteriormente era o mesmo que o da Guiné-Bissau), e converteu o país em uma democracia semi-presidencial, terminando definitivamente o regime socialista anterior.
Nas eleições parlamentares de 2001, o PAICV obteve 40 das 72 cadeiras da Assembléia Nacional. O líder do partido, José Maria Neves foi indicado como Primeiro-Ministro. Em eleição presidencial muito acirrada, Pedro Pires, do PAICV, derrotou Carlos Veiga, do Movimento para a Democracia, com uma diferença de apenas 17 votos para um eleitorado de mais de 151 mil pessoas.
 

Artesanato

Trabalhos artesanais de maior importância, que existe como testemunho de uma próspera indústria de Cabo Verde no primeiro século de colonização, o pano da obra, o tecido típico hoje mais conhecido como pano de terra, produzida em teares artesanais em bandas estreitas e longas: atualmente é usado para roupas decorativas, bolsas e outros artefatos, mas já desempenhou um papel importante não só no vestuário local, mas também no comércio de Cabo Verde com o mundo exterior.

Em Santiago, além do pano de terra, produz objetos úteis de terracota, peças decorativas em coco, bolsas de saco de sisal, cestas (balaios), licores. Apesar do problema de escoamento dos produtos, o artesanato continua sobrevivendo na ilha, no interior da ilha tem nos oferecido belos artesanatos para se procurar. Em santiago também com vários artistas no teatro, na pintura, que leva para fora a nossa arte.

Em S. Vicente produz instrumentos de cordas (violões, guitarras, rabecas, violinos), pinturas em tecido, bijuterias em corais e conchas, objetos de pedra, peças de cerâmica de vidro.

Santo Antão é famosa por seus licores, pelo grogue (produzido em vários trapiches antigos), o pontche (uma mistura de mel grogue e cana de açúcar) e cestaria.

Na Boavista, enormes chapéus de palha e cestos de folhas de tamareira, além de utilitário e peças decorativas em terracota, são o principal artesanato. Queijo e doces também são uma procura grande na ilha das dunas.

Fogo, na ilha quem vive na sombra do vulcão, esculpe peças decorativas em pedra de lava porosa e produz vinho de uvas cultivadas na lava propriamente dito, o manecom, além de licores, compota de frutas (maçã, marmelo…) é cultivada no solo da lava e o queijo de cabra bem apreciado.
Brava é a ilha das flores mas também a ilha do bordado, no centro da cidade está em funcionamento um ateliê de artes e ofício, para dar mais ênfase às artes na ilha, de nova sintra. O traje rudimentar fica na história da humanidade, quando as tribos nômades então começam a se tornar sedentários e se dedicar à agricultura, ou seja, cerca de 3000 anos antes da nossa era. Qual é o significado destes trajes? Além de principal tarefa de proteger contra mau tempo, frio e outras irritações com contacto direto da pele com algumas plantas, serve para associar o indivíduo ao grupo a que pertence. Com uma função social, demonstrando o seu nível social na época. Nas sociedades rurais havia roupa de trabalho e vestido de domingo, que era usado até mesmo nos dias de festa. Os costumes dos povos mudam dependendo do clima e dos materiais disponíveis. Hoje, com a globalização, nos países industrializados, especialmente nos centros urbanos, há uma tendência para homologação na forma de vestir.

Em Cabo Verde, desde o século XVI, com a introdução do cultivo do algodão, nasceu produção de panos de algodão. Até o meados do século XX, especialmente no Interior da ilha de Santiago e na ilha do Fogo, usava o traje tradicional, composto por uma saia de pano escuro, uma camisa com suspensórios que você usava uma camisa aberta na frente com mangas flounce. Amarrado no quadril ou no ombro, as mulheres usavam um “pano de obra” com desenhos geométricos característicos.

O pano da obra, ou pano obrado, é os têxteis nome dado a um tecido de algodão de cabo-verdianos constituído por bandas de aproximadamente 15 cm, chamadas teadas, tecidas à mão em teares pequenos e rudimentares, com desenhos de cores padrões geométricos normalmente a 2 cores, branco e azul índigo, produzido em Cabo Verde desde o século XVI até fins do século XIX. Essas bandas foram costuradas formando “panos” (roupas ou tecidos), em diferentes graus, então usados como mulheres roupas (pano de vestir), como (pano de bambu lambu ou porta-bebé). O nome “pano de obra” deriva-se da dificuldade de realizar este trabalho. Obrado significa complicado, o resultado de muito trabalho. A especificidade do “pano de obra” em comparação com outros tipos de tecidos produzidas no mesmo período, na costa africana é a riqueza e a complexidade dos projetos elaborados e a perfeição do tecido.

Graças à qualidade do tecido, a complexidade e originalidade de suas razões, “panos de obra” teve no passado um papel importante, tornando -se moeda comercial (barafula) nas transacções comerciais com a costa africana, dando origem a uma certa prosperidade das ilhas. O Interior da ilha de Santiago, alguns tecelões ainda produzem o chamado “pano de terra” como artesanato local. Pacotes de moda adicionou alguns detalhes para a pano de obra.

A pintura é, sem dúvida, a mais dinâmica das artes em Cabo Verde. Sendo agora abraçada por vários jovens como Viany Garcia (ver video) e outros jovens nas diferentes ilhas, pinturas, tapeçarias, cinema, escultores, todos eles angariando um número maior de jovens nas ilhas e com talento que se diga. Vários artistas já se destacam aqui em cabo verde por trabalhar nessas áreas, e terem talento suficiente para o fazer e mostrar que as artes plásticas em cabo verde se estão a evoluir cada vez mais.

Destaca-se alguns em termos de pintura Kiki Lima, com uma produção muito característica, cheia de cor e movimento; suas muitas pinturas são onipresentes. Evidência da sua adopção para pintura. Abraão Vicente, os irmãos Levy Lima, Figueira, Mito, Nisa que também enriquecem a galeria da pintura cabo-verdiana.

Existem também alguns escultores distintos, como o Leão Lopes, Lurdes Vieira (ceramista), Albert Silva (peças) e outros. Hèlder Paz Monteiro, Cèsar Schofield Cardoso, Paulo Cabral, são alguns dos artistas que se distinguiram no campo da fotografia. A Pintura sobre tecido produziu obras com características crioula bem marcadas , especialmente em S. Vicente, com a mão de artistas, incluindo a Bela Duarte e Manuel Figueira. A arte plástica em cabo verde não só tem a ver com a arte em si mas também a sua influência social, fazendo com que se leve consciência social e ambiental para as comunidades, escolas e até mesmo para as prisões em sinal de reabilitar e dar no final das suas sentenças algo em que se focar, e retransmitir o que aprenderam.

Artesanato na Boa Vista
O artesanato, de uma maneira geral, marcou indelevelmente as ilhas de Cabo Verde, quer como utensílio quer como ornamento, sempre de um sentido cultural peculiar. Nesta ótica, não há em Cabo Verde objetos de arte para olhar e objetos vulgares para usar, ou seja, o artesanato foi, sobretudo, uma autêntica expressão cultural. E tudo isso, graças aos artífices, principalmente àqueles saídos do seio dos escravos no caso da Boa Vista, o artesanato assumiu diversas formas, uma delas é a tecelagem. Provavelmente herdado dos muçulmanos, este artesanato, por sua vez, entrou na Boa Vista, via Santiago, com os escravos que na Ilha foram introduzidos para a guarda e o pastoreio do gado caprino. Já no século XVI, seriam enviados de Santiago para a Boa Vista alguns escravos-tecelões, conjuntamente com os escravos-pastores.

O cultivo e a comercialização do algodão e do anil (da urzela) na Boa Vista facilitaram o desenvolvimento da tecelagem, cujos os panos eram utilizados como vestimenta, ao mesmo tempo que serviam como moeda de troca no comércio de escravos na costa ocidental Africana. De uma maneira geral, os panos classificavam-se em panos grossos, panos de tecidos finos e panos ricos.

Assinalemos que na Boa Vista a tecelagem não se circunscreveu ao fabrico de panos: ali foram manufaturados mantas, colchas e xales, classificados de tecidos de bandas largas.

A tecelagem boavistense marcou presença na Exposição de Londres de 1862 com dois panos cedidos pela D. Thereza Montel, tecidos com retrós de cores, à moda do país, de um gosto e excelência admiráveis.

A cerâmica foi outro artesanato que muito marcou a ilha da Boa Vista no passado. A cerâmica é das atividades mais antigas que a humanidade conheceu. Outro artesanato provavelmente herdado dos muçulmanos, a cerâmica e olaria chegou à Boa Vista pela mesma via utilizada pela tecelagem: escravos-pastores vindos de Santiago no século XVI. A existência de grandes quantidades de argila no solo da Boa Vista, mais precisamente na localidade do Rabil, facilitou a introdução e o desenvolvimento da olaria na Ilha. Para além de servir como matéria-prima da cerâmica, à argila da Boa Vista é atribuído um alto valor medicinal, razão por que, para tal, era e é bastante procurada.

Nos novos tempos a cerâmica tradicional da ilha está sendo mantida por um grupo, que apesar dos desafios e falta de apoios funcionais, continuam na arte de moldar o barro, que nas épocas altas são bem procuradas pelos turistas na ilha, tanto internacionais como nacionais. Que as novas gerações se interessem por esta arte e não deixe morrer as técnicas passadas de há muito, e que sobreviveram a várias noções do tempo.

Outras formas de artesanato como o curtume, cordoaria, bordado e ainda a confecção de objetos em casco de tartaruga, argila, chifres de boi, casca do coco, e em outras matérias-primas eram costumes que se mantiveram e evoluíram ao longo do tempo. São igualmente distintos na Boa Vista os tradicionais chapéus de palha, ceirões, balaios de Ervatão, selas e outros tipos de artesanatos como materiais adquiridos do mar e também da reciclagem transformados em artes, para serem vendidos nas lojas de souvenir.

A Ilha da Boa Vista foi no passado fortemente marcada por uma economia rural, à base da criação do gado. O artesanato boavistense reflete esse passado que conferiu à Ilha da Boa Vista uma relevante importância no contexto de Cabo Verde do séc. XVII ao séc. XIX. As várias formas de tecer, modelar e confeccionar materiais que se encontravam à mão e em abundância, com criatividade fez dessa ilha referência na arte de moldar o barro.
Os artesãos estão á espera da consolidação da marca “made in cabo verde”, um projecto ao encargo do centro nacional de artesanato, arte e design. E ver a consolidação do artesanato nacional. Mas enquanto não chega, continuaram na luta pelo artesanato nacional.
 

Danças

BATUQUE
Numa sessão de batuque um conjunto de artistas (quase sempre só as mulheres) se reúnem em um círculo em um cenário chamado terreru. Este cenário não precisa de ser um lugar específico, ele pode ser um pátio de uma casa ou um local público.

O musical começa com os artistas (que pode ou não ser simultaneamente batukaderas e kantaderas) tocando o primeiro movimento, enquanto os artistas vai dentro do círculo para executar a dança. Que atribui um lenço (PANU / PANU /) em torno dos quadris para enfatizar o movimento da dança. No primeiro movimento, a dança é feita apenas com a oscilação do corpo, com o movimento alternado das pernas de marcação de ritmo.
No segundo movimento, enquanto os artistas tocam e cantam em uníssono, a troca de dança dançarino. Neste caso, a dança é feita com o balanço dos quadris, joelhos bem sucedida através da flexão acompanha ritmo aceleradom.

Quando a música termina, a bailarina se aposenta, outro toma o seu lugar, e uma nova música começa. Essas interpretações podem se arrastar por horas, até o final do batuque sessão.

A Coladeira surgiu em Cabo Verde nos anos cinquenta do séc.XX. É de ritmo binário e de andamento mais moderado que o Funaná. A Coladeira (Coladera), pode dizer-se também, que é um estilo mais vivo que a Morna, de cadência quaternária, em que a relação do cavalheiro e da dama é feita num arrastar dos pés, com momentos de improvisação do cavalheiro que se afasta sob o olhar da dama. A Coladeira é uma constante das noites caboverdianas sendo tocada e dançada. Varia de ritmo de acrdo com influências das músicas latino-americanas, sobretudo brasileiras.

FUNANA
Género de música e dança cabo-verdiana, característico da ilha de Santiago que tradicionalmente animava as festas dos camponeses. É a mais frenética e rápida das danças de pares de Cabo Verde, geralmente acompanhada de uma concertina, onde o ritmo é produzido por esfregar de uma faca numa barra de ferro.
Nesta dança o cavalheiro joga sobre o ritmo uma base andante de longos solos compostos por momentos fortes de pausa /exaltação até ao auge ou "djeta", exibindo a todos a sua virilidade e dotes de grande dançadores. Antigamente, qualquer que fosse a festa (um casamento, um baptizado, uma festa religiosa) era sempre ao som deste ritmo. Pode ser dançado a par ou individualmente. É uma dança quente, apaixonante, acelerada…
O Kola San Jon consta do jogo dos tambores e dos apitos nos dias de festa de S.João. Está ligado ao ritualda fertilidade da terra celebrado no solstício de Verão.
Nesta dança os pares batem-se cadencialmente entre si. É a chamada - Dança da Umbigada.

MAZURCA
A Mazurca é uma dança tradicional importada de cortes europeias, nomeadamente da Polónia. É executada por partes formando figuras e desenhos diferentes, em compasso ternário e tempo vivo. Uma caracte´risticada Mazurca é o ritmo pontuado, com acento típico no 2º e 3º tempos do compasso. Num ritmo alegre e sincopado o papel dos pares está intimamente ligado à movimentação do grupo.
A Mazurka é tocada e dançada em quase todas as ilhas de Cabo Verde, sobretudo nas de S.Antão, S.Nicolau e Boavista. Na ilha do Fogo existe uma variante da Mazurka que é o - Rabolo.


Carnaval

Em Cabo Verde cada ilha tem o seu carnaval.

A tradição do Carnaval na ilha de São Vicente, vem de tempos longínquos. Embora sem a carga sensual da atualidade, pensa-se que a tradição carnavalesca do Mindelo tenha tido as suas origens no século XII, fruto das influências do Entrudo português. No entanto, à semelhança de outras culturas e tradições, foi evoluindo ao longo dos anos, principalmente devido ao cruzamento de culturas que o Porto Grande se encarregava de unificar.

Carnaval do Mindelo _7_Nos GentiEmbora seja uma festa urbana, tem as suas raízes nos subúrbios do Mindelo. É uma festa que se realiza anualmente, e que reúne a simpatia de todos os habitantes da ilha, mas não só. Muitos cabo-verdianos que habitam noutras ilhas, visitam São Vicente só para poderem viver a singularidade do seu Carnaval. O mesmo acontece com muitos emigrantes, que escolhem essa altura do ano para visitar familiares e, em simultâneo, aproveitarem o esplendor da festa. É considerada uma festa cultural e política, sendo por muitos tida como das mais importantes do arquipélago.

Caracteriza-se por um desfile de carros alegóricos, marchas, música e dança, e integra muitos dos elementos que fazem parte da cultura e da história da ilha. A música é um elemento fundamental, assim como os trajes, o canto e a dança. Para os habitantes de São Vicente, o Carnaval é a altura do ano em que o convite à partilha se alarga a todas as classes.

A mulher cabo-verdiana assume um papel de destaque. Ela é o motivo e o centro das festividades. Ao homem cabe o papel acessório de divertir, e entreter.

Até ao início do século XX, o Carnaval estava confinado ao Entrudo. Era tudo muito simples e sem qualquer expressividade digna de registo. Com o passar do tempo, foi evoluindo até se transformar no esplendor da atualidade. Muitos foram aqueles que contribuíram para esta evolução. Por volta de 1920, grupos como os Florianos, que possuíam orquestra própria, organizavam grandes bailes por altura do Carnaval. Os seus membros eram essencialmente funcionários públicos e gente da classe média. Mais tarde, em 1939, o grupo Nacional apresenta o primeiro andor, que representava o avião Lusitânia, que tinha levado Gago Coutinho e Sacadura Cabral ao Brasil, 17 anos antes.

Nos dias de hoje, podemos afirmar que há dois tipos de Carnaval, e que ocorrem em simultâneo na ilha de São Vicente: um tradicional – o Carnaval dos blocos – que é imaginado pelas pessoas da cidade, as quais recorrem aos artistas suburbanos para a sua conceção e execução, e o outro, constituído por personagens individuais, sem um figurino comum e que percorrem a cidade cantando e dançando. Os primeiros, vêm quase sempre dos bairros limítrofes e ás vezes até transportam alusões aos locais de onde provêm, com dizeres irónicos, criticas aos costumes ou política nacional. De ano para ano, vão perdendo o sentido da festa, transformando o Carnaval num acontecimento de turismo e luxo. Os segundos, são gente cujo único objetivo é a diversão, a chalaça e a paródia.

Até meados do século passado, todas as pessoas participavam. Mascaravam-se e embrenhavam-se na festa popular. A euforia era maior. Depois, lentamente, o Carnaval do Mindelo foi-se hierarquizando, em função das classes sociais dos seus participantes.
Os anos 40 e 50 são marcados pela numerosa presença de grupos carnavalescos em São Vicente, entre os quais se destacavam o Nhô Fula, o Lorde, Júnior, Juvenil, Pérola ou Unidos.

Na década de 60 do século XX, as elites do Mindelo faziam os seus bailes no interior dos clubes, que eram de acesso reservado apenas a sócios e nunca saíam à rua para participarem na grande festa popular.

A classe da média burguesia, de pequenos funcionários públicos, de gente letrada e de negociantes, juntavam-se nos clubes desportivos e recreativos para fazerem as suas festas, autorizando apenas a presença dos sócios da coletividade e seus amigos. Eram associações mais abertas, mais familiares. Atualmente, os grupos, de uma forma geral, estão abertos a todos os que pretendam participar, bastando para tal que os seus elementos partilhem do mesmo espírito ou da mesma ideologia de bairro. No entanto, há grupos mais seletivos, como o Samba Tropical ou Os Vindos do Espaço, onde a entrada é feita por convites. São grupos onde predomina a beleza e o luxo.

São três dias em que toda a cidade vive um ritmo extasiante e em que todos participam. No sábado é o dia reservado para os bailes. Os grupos de crianças em representação das respetivas escolas, desfila nas principais artérias da cidade, durante o dia de domingo. Na segunda-feira, um grupo carnavalesco semelhante aos das escolas de samba brasileiras, desfila pelas principais ruas do Mindelo, como que preparando os foliões para o grande desfile de blocos, com estruturas próprias e aos quais se juntam figurantes prazenteiros, que desfila na terça-feira. Este é o momento alto do Carnaval.

O Carnaval dura três dias, mas, na verdade, a sua preparação, começa muito tempo antes. Com muita antecedência, é discutido pelos artistas dos grupos, o tema que será levado ao público na edição desse ano. Depois, esboçam-se desenhos para os andores, para as vestimentas dos figurantes e, por fim, o vestuário do rei e da rainha do grupo. Dá-se então início à construção das estruturas dos andores, geralmente de ferro e arame. Por fim, revestem-nos com sacos provenientes da indústria panificadora ou papelão. Reciclam-se todos os materiais possíveis, muitos provenientes da edição anterior. Nada se pode desperdiçar. Nos três dias que antecedem o início das festividades, e para que não hajam atrasos imprevistos, muitos até chegam a dormir nos locais da construção dos carros alegóricos.

Em simultâneo, geralmente em casa da responsável pelo grupo, inicia-se a confeção das roupas. Predominam os tons ligeiros e vaporosos, com muitos azuis-claros, rosas e laranjas. Também por esta altura se inicia os ensaios com os músicos e parte da bateria. Ensaiam-se passos de dança ao ritmo de um samba ou uma marcha. Durante o mês que dura o ensaio – nunca menos de uma ou duas horas diárias, todas as noites – dança-se e canta-se, repetindo vezes sem conta os passos e as letras da música escolhida, até que o ensaiador (chamado mestre de cerimónias) considere a atuação perfeita.

Todo o trabalho é supervisionado por uma direção, quase sempre constituída pelos promotores do grupo, os desenhistas e os figurinistas. Têm a responsabilidade de orientar os trabalhos em função do tema escolhido e angariar fundos para os materiais e alimentação dos colaboradores que permanecem, quase que em regime de isolamento, no local da construção dos andores. Cada um destes elementos da direção, procura que o seu grupo seja o mais bem sucedido a quando da apresentação pública da interpretação do tema escolhido.

A música, com forte influência no samba brasileiro, é adaptada à realidade cabo-verdiana. Geralmente aborda temas atuais da sociedade ou da política, podendo, no entanto, expressar questões relacionadas com a história do país, ou acontecimentos globais mais ou menos marcantes. A dança, sincopada pelo ritmo forte dos tambores e bombos, submete as bailarinas, independentemente da classe social a que pertençam, ao mesmo nível interpretativo. Espelha a unidade do grupo, pois, dançando em sincronia, esbate as desigualdades que, no quotidiano, são impossíveis de contornar.

Chega por fim o grande dia: o desfile dos blocos. É o corolário de toda a dedicação e empenho, que cada um, à sua maneira, empregou na realização deste grande acontecimento cultural. A agitação da multidão que assiste, apenas reforça o nervosismo patente em cada um dos participantes. Em causa, além do orgulho pessoal, está o prestígio do bairro que representam. Um júri, atento, cuja constituição é secreta, avaliará o desempenho de cada grupo, desde a sua organização, estrutura, passando pelo canto, pela dança, os trajes, a coreografia, os andores… enfim, tudo é avaliado.

A organização do desfile é da responsabilidade do pelouro da cultura da Câmara Municipal, a qual, além de garantir os aspetos logísticos para a materialização da festa, é igualmente responsável pela escolha do júri, pela decisão do trajeto do desfile, das regras que têm que ser cumpridas e – muito importante para todos os grupos – pelo sorteio que ditará a ordem de saída dos vários blocos. Todos querem evitar ser os primeiros a desfilar.

Após o término do desfile, já com o cair da noite no horizonte, o júri revela, por fim, o grupo vencedor. Todos os anos, as decisões são contestadas, mas isso, como todos bem sabem, faz parte da festa. No entanto, apenas na quarta-feira de cinzas, se dá por terminada a folia, quando finalmente são coroados os vencedores. Os corpos podem agora recuperar forças. O espírito está agora mais leve.

O Carnaval de São Vicente, é o momento do ano em que as gentes do povo, a classe pobre, com pouca ou nenhuma escola, desce à cidade e se materializa num sonho coletivo. Nesse curto, mas reconfortante sonho, podem viver as fantasias que, há muito tempo, um dia imaginaram. Muitos serão reis, outras rainhas e princesas, que ao som do samba e da marcha, jamais irão deixar morrer o espírito do Carnaval do Mindelo, e onde todos os sonhos se transformam em realidade.
 

Música

Existem poucos registos acerca da evolução da música em Cabo Verde. Sendo a música um veículo de expressão que se manifesta naturalmente no ser humano, seria natural de se esperar que as populações que povoaram Cabo Verde (africanos e europeus) levassem consigo as suas tradições musicais. Mas sobre o momento exacto em que se deu um processo de miscigenação musical, nada se sabe.

Durante a colonização portuguesa, o tipo de música permitido pela administração era sobretudo a música eclesiástica, sendo outras formas de expressão da população relegadas para um contexto um tanto ou quanto clandestino. Essa política de repressão aumentou durante o regime do Estado Novo pela administração portuguesa, por considerar certos géneros como «africanos», e por causa disso, certas formas musicais estiveram à beira da extinção.

Depois da independência, houve um ressurgir desses géneros musicais, mas também novas experiências têm sido feitas conferindo à música cabo-verdiana.

A música de Cabo Verde é sobretudo polifónica, ou seja, a melodia acordes. Contrasta assim com a música da África Ocidental, que se caracteriza por uma sobreposição de contrapontos. São poucos os géneros que são monofónicos (batuque, tabanca, colá, e outras melopeias), mas mesmo assim, com o advento de instrumentos eléctricos, e o interesse de músicos novos em fazer ressurgir certos géneros musicais, esses géneros musicais têm sido reinterpretados numa forma polifónica.

As escalas musicais empregadas são escalas musicais europeias. A morna, a coladeira, a mazurca, o lundum, por exemplo, usam frequentemente escalas cromáticas. O funaná, em contrapartida, usa frequentemente escalas diatónicas. As linhas melódicas variam muito, e alguns autores dizem (de um modo bastante impressionístico) que «a melodia lembra as montanhas e as ondas do mar».

Se na melodia e na harmonia nota-se sobretudo a influência europeia, é no ritmo que se nota mais a influência africana. Os ritmos são sincopados, e o emprego simultâneo de vários instrumentos de percussão permite modelos rítmicos complexos. Os géneros musicais têm geralmente compassos pares (binários ou quaternários). Só o colá, a mazurca e a valsa é que usam um compasso ternário. O batuque é o único género que emprega a polirritmia, frequente na música da África ocidental.

Tendo em conta as dimensões (geográficas e demográficas) de Cabo Verde, pode-se dizer que em termos musicais os cabo-verdianos são prolíferos. Não se sabe o porquê dessa tendência natural para a música, mas alguns autores especulam que a pouca abundância de certos recursos naturais (madeira ou pedra para a escultura, vegetais para a produção de tecelagem ou tintas) deu espaço para que a música se desenvolvesse mais do que outras expressões artísticas.

O estilo musical mais conhecido no mundo e que a ele foi levado por Cesária Évora é a Morna.

Gastronomia

Já dizia o ditado: “de manhã come como um rei (…)”. Colocando em prática este ditado, um bom cabo-verdiano não dispensa pela manhã uma cachupa refogada com ovo e linguiça e uma caneca de café com leite, ainda por cima se for fim-de-semana ou depois de uma boa festa. O pão é outro elemento sempre presente, só com manteiga ou com um ovo. Um cuscuz com queijo também é uma iguaria típica.

Fora de casa
Se há coisa que um bom crioulo não dispensa é comer na rua. As vendedoras ambulantes andam de balaio à cabeça a vender de tudo um pouco: pasteis, rissóis, fresquinhas, torresmas, carne assada. Muitos estudantes lancham fora dos estabelecimentos à base destes petiscos, nem sempre os mais saudáveis.

A bendita fruta
A fruta é outro elemento que faz parte do cardápio. A banana, rica em ferro, é quase sempre presente em cima da mesa crioula. A papaia e a manga são muito apreciadas por estas paragens. É frequente fazerem-se sumos e batidos com as frutas. Há também a calabaceira, azedinha e a tambarina. Na Ilha do Fogo é produzida uva típica.

O senhor frango
É barato e rápido de se fazer. O frango e a galinha são presenças obrigatórias no cardápio nacional. Feitos de várias formas e feitios, há quem prefira “corado” (frito), na brasa (churrasco), na canja, estufado com legumes ou com arroz.

O feijão é rei
Rico em ferro e fonte de energia, o feijão é um ingrediente que não falta no prato de um bom cabo-verdiano. Feijão pedra, fava, congo verde, feijão preto, sapatinha, “bongolon”, enfim, é feijão que nunca mais acaba. Este produto é cultivado localmente, mas também chega já seco de outras paragens. A acompanhar o feijão, um bom arroz branco, claro.

O peixe
Rodeado pelo mar, o arquipélago é rico em variedade de peixe. O atum, a cavalinha, a garoupa, o goraz entre tantos outros. Há quem prefira fritá-lo, fazer panado, cozinhá-lo com legumes, mas nada como um bom caldo de peixe à moda da terra.

O milho como base

Ingrediente base na gastronomia nacional, o milho é consumido de várias formas. Assado, cozido, triturado em forma de farinha. Serve para fazer cuscuz, pastéis, xerém, papa, ingrediente base da cachupa. É usado igualmente como acompanhamento. Em Cabo Verde, produzem-se, atualmente, toneladas deste cereal.

Os doces
Se há coisa que o crioulo gosta é de "kuzas doci" (coisas doces). Doces variados feitos de mancarra (amendoim), leite, papaia e coco. Pudins também de leite, de coco e de queijo de café. Bolos com ingredientes como banana e laranja. Os “donetes” fritos com açúcar ou calda por cima. Ou um simples cuscuz com mel, que não falta em dias de festa.

Os fritos
Apesar do seu consumo em excesso favorecer o aumento do colesterol, entre outros aspectos negativos, o óleo é muito consumido em Cabo Verde. O crioulo adora um bom pastel, mandioca ou batata frita. A torresma é também um petisco rico em gordura. Outros alimentos como o frango e o peixe são consumidos, muitas vezes, fritos.

Os grelhados
Qual o cabo-verdiano que não gosta de um peixinho grelhado, uma barriga de atum, por exemplo? O peixe é, cada vez mais, feito desta forma a nível local, principalmente em restaurantes que servem também para turistas. A carne de vaca grelhada também é consumida por estas paragens.

Os legumes e verduras
Quando há chuva, a terra cobre-se de verde e oferece o sustento para as pessoas que dela vivem. Os legumes e vegetais compõem o cardápio nacional. Se há chuva são consumidos com maior frequência, se não chove, a produção é escassa e só minorias conseguem comprar. O tomate, a abóbora, a cenoura, a batata, a cebola, a mandioca, entre outros, são ingredientes que, raramente, faltam à mesa crioula.

 

Esportes

O futebol continua sendo o esporte mais popular na ilha e no país. A ilha tem 13 clubes de futebol em duas divisões regidas pela Associação Regional de Futebol do Sal .

Sal foi a terceira ilha a ter um clube de futebol conhecido como SC Santa Maria , fundado na capital da ilha em 1939. SC Verdun , com sede em Pedra de Lume foi fundado em 1945. Na época, Sal era o menos ilha habitada do arquipélago, com uma população de cerca de 1.000. A GD Palmeira (agora como Palmeira de Santa Maria) foi fundada mais tarde. O assentamento aeroportuário foi fundado por volta de 1948 em torno do aeroporto da ilha hoje conhecido como Amílcar Cabral , os próximos clubes de futebol seriam criados em Espargos , começando com o Juventude em 1962, a Académica do Sal em 1963 e o Académico do Aeroporto em toda a ilha.em 1966. [2] Na altura, o Sal tinha apenas cerca de 2.000 e a actividade futebolística era a menor em Cabo Verde ao lado do Brava.

A partir da década de 1990, a população da ilha cresceu o que levou à criação de novos clubes. Eles incluem ASGUI e Florença, com sede em Santa Maria fundada na década de 1990 e vários outros clubes Espargos foram formados, cada um baseado em um bairro incluindo GDRC Pretória e Gaviões.
A Académica do Sal e o Académico do Aeroporto do Sal são os únicos clubes que conquistaram títulos de campeonatos nacionais de futebol, o primeiro em 1993 e o último em 2003.

Até 2014, o Sal tinha apenas seis clubes inscritos e os outros não eram registrados e tinham apenas uma divisão. O número de clubes era o menor em Cabo Verde, na década de 1980 o número de clubes era igual ao da Brava.

Dos 13 clubes existentes, os maiores concentram-se em Espargos, somando 9 de 13. Santa Maria possui quatro clubes e Pedra Lume apenas um.
Desde 1976, o vencedor do campeonato da ilha segue para o jogo do campeonato nacional a cada temporada.
Apenas a Académica do Sal participou nas competições continentais.

No geral, Espargos tem o maior número de títulos conquistados com 26, o segundo é Santa Maria com oito e o último é Pedra de Lume com dois.
Além disso, há duas competições de copas regionais, competições de supercopa nas quais apresenta um campeão e um vencedor da taça (às vezes um segundo colocado, quando um campeão também é um vencedor da taça) e um torneio de abertura. A competição da taça foi fundada em 1999.

A ilha também possui alguns outros torneios, sendo o recente a Copa das Forças Armadas, realizada pela primeira vez na temporada 2016-17.
Basquetebol

O basquete é o segundo esporte mais popular da ilha. Os seus clubes mais populares são o Académico do Aeroporto e a Académica do Sal, um dos mais novos é o GDRC Pretória. [4] As competições de basquete começaram por volta da década de 1990.

O local do basquetebol é o Polidesportivo (Municipal) do Sal, Santa Maria ainda não tem arena própria e tem planos para a construir.
Voleibol

O voleibol é outro desporto cabo-verdiano, um dos mais praticados. Seu clube popular na ilha é o Académico do Aeroporto do Sal. Todas as partidas são disputadas no Polidesportivo do Sal. O vôlei de praia é outro esporte praticado principalmente em Santa Maria, no sul da ilha.
Outros esportes

Quando o turismo prosperou nas décadas de 1980 e 1990, que parcialmente explodiu sua população para mais de 10.000 em meados da década de 1990 e mais de 20.000 no final dos anos 2000. O kitesurf, a vela, o windsurf tornaram-se populares e cresceram, durante as décadas de 1990 e 2000, aumentou drasticamente, tornou-se o lugar-comum destes desportos no arquipélago ultrapassando São Vicente e as vizinhas ilhas da Boa Vista. A maior parte do kitesurf e windsurf encontra-se na zona de Santa Maria, Costa da Fragata e a norte desta.

O futsal, o atletismo, o pólo aquático e o xadrez são outros esportes da ilha, cuja popularidade disparou rapidamente com o crescimento populacional nas últimas décadas.

O atletismo é disputado no Estádio Marcelo Leitão , o outro é em Santa Maria. Os jogos de futsal são disputados no Polidesportivo do Sal.
 

Rede Lusófona de Comunicação

Youtube

  • CULTURAonline BRASIL

  • RIL-Rádio Internacional Lusófona

  • Gazeta Valeparaibana

  • TV Lusofonias

 

VÍNCULOS E PARCERIAS

 

  • Gazeta Valeparaibana

  • CULTURAonline BRASIL

 

CORPO EDITORIAL

 

  • Diretor e Editor: Filipe de Sousa

  • Chefe de Redação: Rita de Cássia A. S. Lousada

ACESSOS
  • Home
  • Youtube
  • Rádio
  • Televisão
  • Embaixadores
  • Sobre
  • Contato