Lusofonias
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História A história do Brasil começou com a ocupação dos seres humanos a cerca de 12-20 mil anos. No século XVI, os portugueses começaram a colonizar estas terras e transferiram africanos para serem mão de obra escrava nos engenhos que construíram aqui. História do Brasil não possui um marco inicial bem definido. Não obstante, tradicionalmente, existe uma datação recorrente sobre a chegada dos portugueses com Pedro Álvares Cabral, em 22 de abril de 1500, à região costeira de onde hoje é a Bahia. Seria esse então o “descobrimento do Brasil”. No entanto, cabe ressaltar que se trata da descoberta dos portugueses. Diversos grupos étnicos já habitavam o território que veio a ser o Brasil muito antes de qualquer europeu desembarcar nele. O Brasil é o resultado histórico de diversos projetos distintos que se sucederam em uma delimitação geográfica específica. Primeiro tratava-se de um projeto de conquista; depois, um projeto de colonização; já no século XIX, um projeto de Império e de constituição de um Estado-nação; e, por fim, um projeto de Brasil República, que é o que se tenta manter até hoje. Nossos hinos, bandeiras, brasões, emblemas, palavras de ordem, e tudo aquilo que nos remete à identidade nacional, dizem respeito a essa construção. Ser patriota é ser adepto de um projeto de nação, que muitas vezes diverge de outros projetos que também estão em construção. Portanto, seria mais preciso referirmo-nos ao processo da chegada dos portugueses como a invenção do Brasil, da qual se sucederam projetos diferentes. Antes da chegada dos portugueses, havia diversos grupos étnicos ocupantes do território que, futuramente, seria chamado Brasil. O período Pré-Cabralino diz respeito, como o próprio nome sugere, à história que antecede o contato desses povos separados pelo Atlântico. Durante algum tempo, era comum encontrar a denominação “Pré-História do Brasil”, que já não é considerada adequada por grande parte dos historiadores e antropólogos. A história não passa a existir após a chegada dos portugueses. E mesmo que exista o argumento de que essa expressão preserva a noção de que a história diz respeito às fontes escritas, desde meados do século XX até os dias de hoje, a historiografia desenvolveu-se bastante tendo em vista metodologias que analisem outros tipos de fontes. Estima-se que os primeiros povos começaram a habitar o território onde hoje é o Brasil há 60.000 anos. Contudo, devido a esse enorme traçado temporal e à ausência de qualquer tentativa de preservação do seu início, muito foi perdido da integridade dessa história. Nesse sentido, um dos indícios mais trabalhados pela arqueologia sobre o território brasileiro são os sambaquis, que consistem em depósitos de matéria orgânica e calcário formados pela ação humana e que, ao longo do tempo, sofreram um processo de fossilização. Eles oferecem informações importantes sobre as primeiras populações que habitaram nosso território por volta de 2.000 a 8.000 anos atrás. Com a chegada dos jesuítas, em meados do século XVI, uma série de “obras gramaticais” foi produzida com o objetivo de normatizar algumas “línguas dificultosas” da colônia. Nesse empreendimento, foram catalogados conhecimentos valiosos sobre línguas indígenas do período que corresponde à chegada dos portugueses à América.
Assim se descobriu que existiam quatro
grupos linguísticos principais, sendo eles: os tupi-guarani, os
caraíba, os macro-jê e os arauaque. Desses troncos linguísticos,
como também são chamados, derivam uma série de grupos étnicos e
variações linguísticas que dão origem aos idiomas indígenas
modernos. Após 22 de abril de 1500, com a chegada dos portugueses ao território americano, essas novas terras desconhecidas não despertaram grande interesse na Coroa de imediato. O Império português estava, nesse momento, voltado para o comércio com as Índias, o qual, por sua vez, já estava em processo de declínio, desde a tomada da Constantinopla pelos turcos otomanos em 1453, dando fim ao Império bizantino. Já os franceses não tardaram muito e, no início do século XVI, fizeram o envio de embarcações para o Atlântico Sul, pois estavam de olho nessas novas terras e questionavam a divisão luso-espanhola determinada pelo Tratado de Tordesilhas. Nisso estabeleceram, em 1555, uma colônia, na Baía de Guanabara, conhecida como França Antártica. Portugal, nesse momento inicial, promovia as chamadas expedições exploradoras no território sul-americano com o objetivo de reconhecer e mapear o território e estabelecer contato com os índios nativos. O principal produto extraído dessas terras, até então, era uma árvore nativa da Mata Atlântica que passou a ser chamada de pau-brasil. É interessante saber que o nome Brasil surge antes da própria terra brasileira. Desde o século XIV, mapas europeus atribuíam-no, com diversas variantes possíveis (Bracil, Brazille, Bersil, Braxili etc.), a uma ou mais ilhas, “expressando um horizonte geográfico ainda mítico”, segundo a historiadora Laura de Mello e Souza. Contudo, em 1º de maio de 1500, em carta, Pero Vaz de Caminha referia-se a essa terra por Vera Cruz. Posteriormente, outros nomes também foram utilizados, como Terra dos Papagaios e Santa Cruz.
No fim do Período Pré-Colonial, em 1530,
quando Portugal envia expedições com o objetivo de estabelecer
colonos e implementar uma administração colonial, o nome Estado do
Brasil passa a ser oficial. Se quiser conhecer mais sobre esse
período, leia: Período Pré-Colonial. Em 1530, Portugal envia Martim Afonso de Souza como chefe de uma expedição colonizadora. Sua missão era combater os traficantes franceses, que preocupavam a Coroa, estabelecer alguns núcleos de povoamento na região litorânea e buscar metais preciosos. Para isso, foi Afonso de Souza designado capitão-mor, o que lhe acumulava a função de exercer a justiça civil e criminal, distribuir sesmarias, reivindicar terras em nome do rei e nomear funcionários para administração colonial. Em 1532, o explorador recebeu a ordem, vinda de D. João III, de implementar o sistema de capitanias hereditárias. Nesse sistema, o território recém-descoberto foi dividido em 15 lotes, que formavam 14 capitanias, e eram nomeados capitães donatários os responsáveis pela administração de cada uma delas. O sistema é implementado em 1534 (nele, o próprio Martim Afonso de Souza torna-se donatário da capitania de São Vicente) e dura até 1548, quando surge o governo geral, com o objetivo de centralizar a administração colonial de todo o território. É também na capitania de São Vicente que Martim Afonso de Souza estabelece, em meados do século XVI, o primeiro engenho de açúcar (que, até meados do século XVII, seria o principal produto de exportação da colônia), inaugurando, então, o ciclo do açúcar. O sistema de plantation era o modelo utilizado nesse tipo produção. Extensas faixas territoriais eram concedidas aos senhores de engenho, que, munidos com a fertilidade da terra, a mão de obra escrava e a monocultura da cana-de-açúcar, transformaram-se na principal elite econômica, social e política a partir de então. Em um primeiro momento, os portugueses utilizaram a mão de obra escrava indígena. Entretanto, com a pressão do crescente tráfico negreiro, já em meados do século XVI, a escravização negra tornou-se a maior fonte de trabalho, tendo o Brasil recebido cerca de 4,9 milhões de escravos africanos até século XIX, quando houve a promulgação da Lei Eusébio de Queirós, em 1850. O fim do ciclo do açúcar é marcado pela invasão e tentativa de colonização holandesa. Os holandeses conseguem estabelecer-se em 1637, e, até 1644, o conde Maurício de Nassau governa a região de Pernambuco, a qual também começa a produzir açúcar. No entanto, em 1645, com o apoio da Inglaterra, os portugueses voltam a combater os holandeses, no que ficou conhecido como insurreição pernambucana, até que, em 1654, conseguem restabelecer a cidade de Olinda como posse da Coroa portuguesa. A partir de então, os holandeses instalam-se na América Central e passam competir com sua produção de açúcar, prejudicando diretamente o comércio exterior do Império português. Com isso, as entradas e bandeiras começam a voltar-se em busca de metais preciosos, até que, já no final do século XVII, na região da capitania de São Paulo, quantidades significativas são encontradas, dando início ao ciclo do ouro.
O Período Colonial também é marcado por
uma série de conflitos e revoltas, como as rebeliões nativistas e as
rebeliões separatistas. Sobretudo a partir do final do século XVII,
os interesses de uma crescente elite local e de portugueses
começaram a criar problemas para a administração colonial. Desde o final do século XVIII começou a ocorrer processos de independência das colônias inglesas, francesas, espanholas e portuguesas. Os conflitos entre o Partido Brasileiro, nome que se dava ao grupo político que defendia interesses locais, e os portugueses acentuavam-se cada vez mais, culminando, em 1822, no processo de independência do Brasil. Para conhecer mais detalhes desse período, acesse: Brasil Colônia.
Período Imperial Outras medidas importantes foram tomadas, tais como a abertura dos portos às nações amigas em 1808, a fundação do Banco do Brasil no mesmo ano, os tratados de 1810, a fundação da Real Biblioteca, a Missão Artística Francesa em 1816, entre outras coisas. Estima-se que entre 10 a 15 mil pessoas embarcaram rumo ao Brasil, entre 25 e 27 de novembro de 1807. Estruturas administrativas inteiras instalaram-se do outro lado do Atlântico. A partir de então, o Brasil sofreu grandes transformações. Na política, por exemplo, houve um movimento emancipacionista, inspirado nos ideais iluministas, na capitania de Pernambuco. Conhecido como Revolução Pernambucana, ou Revolução dos Padres, tal motim foi fortemente reprimido pelo Reino.
Esses e outros conflitos estabelecidos
nesse período, somados à Revolução Liberal do Porto e ao retorno da
Corte para Portugal, foram decisivos para o processo de
independência brasileira, que Portugal só reconheceu oficialmente em
1825, após receber uma indenização volumosa. O principal ícone da independência brasileira foi Pedro de Alcântara (o quarto filho de D. João VI), que, após esse processo, torna-se o primeiro imperador do Brasil, assumindo a alcunha de Pedro I do Brasil. Diferentemente de seu pai, Pedro I admirava os ideais iluministas, defendia ideias liberais, como a abolição da escravidão, e liberdades individuais. A construção de símbolos nacionais é parte fundamental de um Estado-nação. Assim foi com o Brasil após tornar-se independente. Nesse contexto, surgem dois grupos políticos informais na disputa por espaços de poder: o Partido Português, que concentrava defensores do absolutismo, de um governo centralizado e forte, dos comerciantes portugueses e, muitas vezes, da restauração do Brasil enquanto colônia de Portugal; e o Partido Brasileiro, composto por comerciantes brasileiros, latifundiários e senhores de escravos, cujos principais objetivos eram na defesa e a ampliação de direitos e privilégios conquistados. Em 1823, foi instalada a Assembleia Nacional Constituinte, que deu origem à Constituição Política do Império do Brasil, de 1824. Embora, a princípio, o seu papel seria limitar os poderes do monarca, conforme os ideais iluministas, a Constituição de 1824 possuía forte caráter autoritário e centralizador, sobretudo por meio da instituição do poder moderador. Ainda com resquícios da Revolução Pernambucana no ar, após a promulgação da Constituição de 1824 e seu caráter expressamente autoritário, os pernambucanos novamente revoltaram-se, e, em julho de 1824, deflagra-se a Confederação do Equador, de caráter separatista e republicano. Logo em seguida, o Império envolve-se na Guerra da Cisplatina, trazendo ainda mais impopularidade a D. Pedro I. Em 1826, com a morte de João VI, pai do imperador, abre-se um problema de sucessão na monarquia lusitana. Diante disso e da incapacidade de acalmar os ânimos no Brasil, Pedro I abdica do trono e deixa seu filho, Pedro II, com apenas cinco anos, como seu sucessor. Contudo, a própria Constituição de 1824 determinava que o imperador deveria ter, pelo menos, 21 anos de idade para assumir o cargo. Foi preciso, assim, estabelecer um governo regencial, inaugurando uma nova fase do Período Imperial.
Período Regencial Na tentativa de conter essas rebeliões, em 1834 foi promulgado um ato adicional que revisou pontos importantes da Constituição de 1824, proporcionando, entre outras coisas, maior autonomia das províncias. Contudo isso não foi suficiente. Dentre essas revoltas regenciais, destacaram-se: Revolta dos Malês (1835), Cabanagem (1835-1840), Sabinada (1837-1838), Balaiada (1838-1841) e Revolta dos Farrapos (1835-1845). Em julho de 1840, sob iniciativa dos liberais, que pressionavam a Regência, foi dado o Golpe da Maioridade, nomeando D. Pedro II, com apenas 14 anos de idade, imperador do Brasil. Foi uma tentativa dos liberais de ocuparem mais espaço nas decisões políticas, além de viabilizarem uma forma de conter as agitações políticas que se alastravam por todo o território. Inicia-se, assim, o Segundo Reinado (1840-1889).
Segundo Reinado O poder econômico passou a transferir-se do Nordeste para o Sudeste do país, onde se concentravam as plantações de café. Ao mesmo tempo, o próprio sistema de produção agrícola, a plantation, começa a sofrer fortes pressões, sobretudo dos ingleses, com a exigência do fim do comércio de escravos e, consequentemente, da abolição da escravidão. No entanto, somente com a promulgação das leis abolicionistas, a partir de 1850 com a Lei Eusébio de Queirós, o combate à escravidão começou a ser colocado em prática no Brasil. Outro evento importante, tanto para a abolição quanto para a formação sociopolítica que deu origem ao movimento de derrubar a monarquia brasileira, foi a Guerra do Paraguai (1864-1870). Escravos foram enviados ao campo de batalha, muitos deles até obrigados, sob a promessa de alforria após o término do conflito. Após a vitória brasileira, e seu alto nível de endividamento para financiar a guerra, D. Pedro II sai fragilizado politicamente, ao mesmo tempo que os militares passam a ocupar mais espaço dentro do debate político. São eles, inclusive, que encabeçam a proclamação da República, em 1889. Caso queira aprofundar-se mais nesse período da história do Brasil, leia: Brasil Império.
Período Republicano É importante destacar que, mesmo diante do sistema republicano, o Brasil possui historicamente sérias dificuldades em manter-se sob o regime democrático. Durante esse período, foram promulgadas outras seis constituições, sendo duas delas (a de 1937 do Estado Novo e a de 1967 da Ditadura Militar) de caráter fortemente autoritário.
Primeira República
Cores da bandeira do Brasil
Era Vargas Contudo, é importante ressaltar que o Estado Novo foi uma ditadura que perseguiu lideranças políticas, sobretudo ligadas ao Partido Comunista do Brasil, além de ter feito aliança, em alguns momentos, com a Ação Integralista Brasileira, de inspiração fascista, com o Integralismo Lusitano e com a Doutrina Social da Igreja Católica. Ao mesmo tempo, Vargas possuía forte capilaridade nos movimentos dos trabalhadores, conseguindo, inclusive, controlar de perto as atividades dos sindicatos. Por esses motivos, muitas vezes, Vargas é chamado de populista. Todavia, uma historiografia já consolidada no assunto identifica problemas desse tipo de atribuição, uma vez que trata a massa de eleitores que o apoiou não por ser facilmente manipulável em torno de um projeto de poder, mas porque parte considerável de suas demandas foi atendida pelo Executivo. Aliás, Getúlio Vargas é uma personalidade com muitas nuances. Toda a era que leva o seu nome na história da República do Brasil divide-se em momentos muito distintos, estando em lados distintos do espectro político e atendendo demandas aparentemente contraditórias. Ainda hoje é a principal referência política e histórica para o trabalhismo brasileiro. No entanto, a tradição do trabalhismo deixada por Vargas transformou-se em uma grande ameaça política, segundo os militares e forças da Unidade Democrática Nacional (UDN), que queriam sua renúncia. Na segunda metade da década de 1940, sucedem-se uma série de pressões buscando interferir na já fragilizada democracia recentemente instaurada após o fim do Estado Novo. Vargas foi eleito em 1950 pelo voto direto, assumiu a presidência em 1951 e, sob pressão dos militares, que já ameaçavam um golpe no país, suicidou na madrugada de 24 de agosto de 1954.
Apesar desse ato “retardar o golpe”, o
clima de instabilidade política acirrou-se cada vez mais. Em 1961,
quando o ex-ministro do trabalho de Vargas, João Goulart, na ocasião
vice-presidente do Brasil, deveria assumir a presidência da
República após a renúncia de Jânio Quadros, os militares tentaram
impedi-lo.
Ditadura Militar Durante esse período, surgiram também importantes movimentos artísticos que se colocaram ao lado da resistência ao regime, como o cinema novo e o Tropicalismo, e que revolucionaram seus respectivos campos de atuação no Brasil, tendo reverberação até os dias atuais. A partir de 1974, inicia-se o processo de abertura política do regime, de forma lenta e gradual, com o objetivo de entregar aos civis o poder político. Em 1985 o poder Executivo é, de fato, entregue pelos militares. Ainda de forma indireta, Tancredo Neves é eleito presidente do Brasil, porém, antes mesmo de assumir, faleceu vítima de uma infecção generalizada. José Sarney, o vice, assume, por fim, a presidência do Brasil em março de 1985, encerrando o período da Ditadura Militar.
Nova República Em 1988 foi promulgada também uma nova Constituição, que, pela ampla garantia de acessos aos serviços públicos, recebeu a alcunha de Constituição Cidadã. Apesar de ser o maior período democrático da história brasileira, a Nova República já passou por dois processos de impedimento (ou impeachment). No regime presidencialista, como é o caso do Brasil desde que se tornou República, o processo de impeachment deve ser empenhado com muitas ressalvas, uma vez que a dinâmica do cargo de presidente confere-lhe mais poderes do que o cargo de primeiro-ministro, como é o caso do parlamentarismo. Caso contrário, a própria credibilidade do regime democrático é colocada em risco, destacando que se trata de um processo político-jurídico, o que minimiza o poder do voto. Brasil República A ação dos militares comandados por Deodoro da Fonseca em 15 de novembro de 1889 na capital do antigo Império deu origem ao período histórico também conhecido como Brasil República. O fim da monarquia foi resultado tanto da crise deflagrada com a abolição da escravidão quanto pela insatisfação das elites agrárias com o modelo político que existia desde a Proclamação da Independência. A participação das Forças Armadas na vida política do país foi constante no período, sendo que nos momentos de crise política, os golpes militares foram tentados e alguns executados com êxito. Nesse período, o país passou também a contar com a diversificação de sua economia, principalmente com o processo de industrialização intensificado a partir da década de 1930, levando o país a ser uma das maiores economias do planeta. Houve ainda a mudança da característica da sociedade, que passou do campo para as cidades. No início do século XXI, mais de 85% da população estava vivendo em área urbana. Dessa mudança de local de moradia resultou também uma ampliação da produção cultural, em todos os campos, gerando produções originais, como o Movimento Antropofágico, a Bossa Nova e o Cinema Novo. O futebol tornou-se uma paixão nacional, e também um lucrativo negócio. Cultura Os principais elementos da cultura regional são: festa do divino, festejos da páscoa e dos santos padroeiros, congada, cavalhadas, bumba meu boi, carnaval, peão de boiadeiro, dança de velhos, batuque, samba de lenço, festa de Iemanjá, folia de reis, caiapó. Cultura. A cultura brasileira, por exemplo, é conhecida por sua grande mistura de povos, as grandes festas como o carnaval, a diversidade musical e até mesmo pelo bom futebol. Mas é errado dizer que todos os brasileiros, assim como os cidadãos de outros países, possuem o mesmo comportamento ou reproduzem a mesma cultura pelo qual o seu país é conhecido. Isso porque cada estado ou pequena região possui sua cultura tipicamente local, com diferentes comidas típicas, estilos musicais, comportamentos, dialetos, entre outros aspectos, que criam a identidade de um determinado grupo social. A cultura é também um mecanismo cumulativo, porque as modificações trazidas por uma geração passam à geração seguinte. Ela perde e incorpora outros aspectos, numa forma de melhorar a vivência das novas gerações e acrescentar novos elementos. Sendo assim, a cultura está sempre em transformação, motivada, em grande parte dos casos, pela troca entre diferentes povos. Aliás, impossível falar de cultura sem falar de troca, aspecto que caracteriza as culturas ao redor do mundo. A cultura popular é a base da cultura de qualquer povo e região. Uma característica importante deste tipo de cultura é que ela começa de baixo para cima, ou seja, são as classes populares quem determinam o que é essa cultura e como ela deve ser reproduzida.
Na cultura popular, seus
elementos, como as danças, estilo musical, costume, entre outros,
são transmitidos de geração para geração por um povo. Artesanato Quando falamos sobre artesanato no Brasil, podemos afirmar que nossos primeiros artesãos foram os índios. Desde antes do descobrimento do Brasil, eles já usavam pigmentos naturais, cestaria, cerâmica, penas e plumas para criar seus ornamentos e vestuário. Cada grupo ou tribo indígena tem seu próprio artesanato. O artesanato brasileiro é um dos mais ricos do mundo e garante o sustento de muitas famílias e comunidades. O artesanato faz parte do folclore e revela usos, costumes, tradições e características de cada região.
Os
Primeiros artesãos e a colonização do Brasil
Nos primeiros anos da
colonização, a metrópole portuguesa enviou os chamados oficiais
mecânicos, que incluíam caieiros, carpinteiros, ferreiros,
telheiros, calafates e ferreiros, e também a Companhia de Jesus da
Assistência de Portugal, cujos membros denominados jesuítas, eram
responsáveis por ensinar as artes e ofícios. Seguindo as relações
mercantis e produtivas da época, visava-se a expansão dos colégios
pelo mundo e a conservação do espírito religioso entre os artífices.
Inúmeras oficinais artesanais foram estabelecidas ao longo do
território nacional de modo a promover as habilidades dos
trabalhadores.
Eu a rainha. […] hei
por bem ordenar, que todas as fábricas, manufaturas, ou teares de
galões, de tecidos, ou de bordados de ouro, e prata […]; excetuando
tão somente aqueles dos ditos teares, e manufaturas, em que se
tecem, ou manufaturam fazendas grossas de algodão, que servem para o
uso, e vestuário dos negros […]; todas as mais sejam extintas, e
abolidas em qualquer parte onde se acharem nos meus domínios do
Brasil, debaixo da pena do perdimento, em tresdobro, do valor de
cada uma das ditas manufatura (D. MARIA I, 1785. Tradução: Maíra
Fontenele Santana). Eu o príncipe regente faço saber aos que o presente alvará virem: […] sou servido abolir, e revogar toda e qualquer proibição, que haja a este respeito no Estado do Brasil, e nos meus domínios ultramarinos, e ordenar, que daqui em diante seja o país que habitem, estabelecer todo o gênero de manufaturas, sem excetuar alguma (JOÃO VI, 1808. Tradução: Maíra Fontenele Santana). Mesmo com a autorização da atividade e com o Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas, que extinguiu o monopólio português, a Coroa ainda destinava grande parte dos investimentos à produção agrícola e ao tráfico negreiro, enquanto a estruturação do artesanato e da manufatura continuava lenta e restrita.
O fazer
artesanal durante o Brasil imperial Ao longo dos anos, o artesanato figurou como um importante contribuinte para a economia do império: estima-se que manufatura, mineração, transporte e artesanato eram responsáveis por 7% da arrecadação total. Nesse período, foram pressupostas as primeiras ideias do que seria a Indústria brasileira, mas, na prática, as oficinas artesanais ainda eram dominantes mesmo com esses estabelecimentos apelidados de “manufaturas” ou “fábricas”. A transição permanecia lenta e havia forte presença de técnicas rudimentares. Confeccionava-se lã, rapé, seda, sabão e velas de sebo através de trabalhadores livres e escravizados.
As
primeiras políticas públicas do artesanato O início do século XX marcou a concentração econômica no sudeste brasileiro, em especial no Rio de Janeiro e em São Paulo. As oficinas artesanais existentes contribuíam para o acúmulo de capital, principalmente aquelas administradas por estrangeiros imigrantes. Desse modo, os primeiros projetos a atenderem o artesanato voltaram-se para regiões Norte e o Nordeste do país, que não eram tão beneficiadas pela conjuntura econômica que surgiria com a transição das oficinas para as indústrias. Assim, a atividade foi utilizada como instrumento de esperança para que populações afastadas do eixo Centro-Sul superassem os problemas socioeconômicos. Como as oportunidades de emprego eram reduzidas para mulheres e menores de idade, o artesanato ocuparia um papel de ocupação e fonte de renda. Na década de 1950, grupos e instituições disponibilizaram assistência técnica e financeira para que as manifestações culturais do país fossem estudadas, como o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos do Ministério da Educação e Cultura (INEP/MEC) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (Senai/CNI). Durante o segundo governo de Vargas, em 1951, foi requerida a criação do Branco do Nordeste do Brasil (BNB), através do projeto de lei nº 1346/1951, de modo a estabelecer o artesanato como atividade econômica que gera emprego e renda. O plano foi concretizado com a lei nº 1649/1952, que propõe a concessão de empréstimos a fim de estimular a atividade. Iniciativas no Nordeste foram importantes para a consolidação do setor, tendo o estado da Bahia como precursor. O Instituto Feminino Visconde de Mauá, por exemplo, foi fundado em 1939 e tinha como foco colocar as mulheres em condições de agentes dos seus trabalhos. Além disso, o movimento modernista brasileiro englobava a noção desenho industrial ao pregar um afastamento da produção artesanal, pois se pautava na universalidade, racionalidade e impessoalidade. A configuração política do Brasil era compatível com o movimento: durante o governo de Juscelino Kubitschek incentivou a industrialização e obras de infraestrutura. Todavia, o fracasso das exportações industriais do país, tanto pela ausência de pluralidade quanto pela ineficiência tecnológica, e as críticas ao modernismo levaram o desenho industrial a valorizar a cultura brasileira e inserir a população no processo de desenvolvimento. Com o Golpe Militar de 1964, houve a exaltação do nacionalismo e, consequentemente, o artesanato ganhou destaque devido à sua capacidade de gerar símbolos que sustentassem o regime ditatorial e colaborassem com a política de afirmação da identidade brasileira, tendo ênfase na tecelagem. Além disso, presos políticos utilizaram-se da arte artesanal para ressignificar os presídios. As peças foram utilizadas não só como meio de obtenção de rendas para as famílias dos encarcerados, mas também como indícios históricos das lutas e angústias do período. Quanto aos indígenas, a atividade artesanal permaneceu como importante ferramenta cultural e econômica para as comunidades, o que levou a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) a criar, em 1972, o Programa de Artesanato (Artíndia) para facilitar a comercialização da produção das diversas tribos ao redor do país. Logo depois, com a popularização da informática e a adoção da política neoliberal, voltada para a privatização do Estado brasileiro, o processo de exaltação da cultura nacional, arranjado pelos governos militares, ruiu-se. Na década de 1990, foi criado o Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) pelo Decreto de 21 de março de 1991. Originalmente vinculado ao Ministério da Ação Social, o PAB permanece como o principal órgão do setor e tem o objetivo de coordenar e desenvolver atividades que visem a valorizar o artesão brasileiro, elevando o seu nível cultural, profissional, social e econômico, além de desenvolver e promover o artesanato e a empresa artesanal.
O
artesanato no século XXI Na segunda década do século XXI, a atividade artesanal estava presenciando um acentuado crescimento comercial, alcançando a cifra de dezenas de bilhões de reais anuais no faturamento, segundo o IBGE. Entretanto, no início de 2020, o mundo foi atingido por uma crise sanitária e socioeconômica desencadeada pelo novo coronavírus, denominado SARS-CoV-2. Com a pandemia, artesanato enfrentou queda de 56% nas receitas, conforme apontou estudo da Fundação Getúlio Vargas e do Sebrae. Os principais fatores foram a impossibilidade da realização de feiras, a concorrência desleal com as comunidades afastadas dos grandes centros urbanos e a falta de equipamentos tecnológicos e prática na operação de redes sociais. Nesse sentido, em 2020, o Projeto Estruturação do Sistema de Gestão do Artesanato Brasileiro: Diagnóstico e Planejamento Estratégico nasce de uma idealização do Governo Federal via Programa do Artesanato Brasileiro – PAB, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, com o objetivo de apresentar um levantamento detalhado sobre os problemas e necessidades que atingem o setor, identificando possibilidades de aperfeiçoamento do PAB e das ações voltadas ao desenvolvimento do setor artesanal, melhorando os seus processos, resultados e gestão. Além de analisar os efeitos da pandemia de Covid-19, busca-se uma ampla atuação no território nacional, o que contribui para que muitos representantes do setor público e privado participem na sua consolidação. Portanto, a trajetória do artesanato nas terras brasileiras foi moldada pelo projeto de mercantilização e ocupação do território adotado pela Coroa Portuguesa, e pelas trocas culturais entre os povos residentes, os migrantes e os escravizados. Durante os quase quatro séculos de domínio europeu, houve decisões controversas que estagnaram ou impediram o desenvolvimento dos ofícios no Brasil. Na República, a atividade enfrentou fases de abandono e instabilidades até atingir o reconhecimento como instrumento econômico e cultural, amparado por políticas públicas, e a profissão de artesão ser regulamentada. Logo, é o momento de construirmos um cenário colaborativo que preserve e valorize essa atividade que resulta do fazer humano e consegue contar histórias através de produtos. O repertório cultural, a criatividade e as habilidades dos artesãos, associam-se à diversidade de matérias-primas e à multiplicidade de técnicas para compor obras que dão forma à identidade de cada grupo, comunidade e território existente no Brasil.
Autor:
Ari Rodrigues Danças
O que são
danças folclóricas? Uma de suas principais características é o uso de trajes típicos para apresentação em espaços públicos e cenários representativos. Na maioria das vezes, os dançarinos as executam em praças, largos, ruas e locais destinados, especialmente, para demonstração.
Samba de
roda O samba de roda tem dois estilos, sendo eles o Samba Corrido e o Samba Chula. O samba de roda também é conhecido como “umbigada”. Por quê? Ao assistir a uma apresentação, note que cada vez que um participante sai da roda, outro entra e os dois dão uma “umbigada”.
Frevo Além da festa de cores e dos passistas, outra característica marcante do frevo é a ausência de letras. Suas marchinhas, ao contrário das tradicionais marchinhas de Carnaval, são tocadas pela banda que segue os blocos enquanto os dançarinos se divertem.
Catira
Chula
Dança típica de
Pernambuco, tem origem na época em que as mulheres de pescadores
esperavam seus maridos dançando e entoando cantos. Os dançarinos se
dispõem em rodas nas quais os integrantes dançam acompanhados por
diversos instrumentos.
Baião
Jongo
Carimbó
Bumba meu
boi
Maculelê
Maracatu
Quadrilha
Dança
Xaxado
Samba
Origem do Samba
O Carnaval é uma festa popular que acontece, todo ano, em data móvel e é conhecida como a principal festividade do Brasil. O Carnaval surgiu na Europa, antecedendo a Quaresma, e espalhou-se por diversas partes do mundo. Essa festa foi trazida aqui pelos portugueses durante o período da colonização. Historiadores afirmam que o Carnaval começou a ser comemorado na Idade Média, mas possui relação com algumas festividades de povos da Antiguidade. No Brasil, uma das grandes marcas do Carnaval são os blocos de rua, que acontecem em todo o país, e os desfiles das escolas de samba, muito presentes em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Quando
apareceu o Carnaval? Algumas dessas festas valorizavam a inversão da ordem das coisas, assim, as pessoas fantasiavam-se de personagens diversos, tais como sacerdotes. O rei servia às pessoas, e súditos colocavam-se no papel de rei, além de fartarem-se de alimentos e bebidas, como as alcoólicas. Assim, as privações de uma vida deixavam de existir no Carnaval. Muitas dessas festas podiam acontecer em diferentes momentos do ano, mas, com o surgimento do cristianismo, os membros da Igreja procuraram enquadrar todas elas em um período do ano. Assim, o Carnaval surgiu como um esforço da Igreja de controlar e concentrar os impulsos festivos da população em uma época do ano. Na Idade Média, as festas podiam estender-se do Natal até o início da Quaresma, o período de 40 dias formado por jejum e orações. Portanto, o Carnaval era a época quando as pessoas liberavam todas as suas vontades pelas festas, comidas e bebidas, antes de iniciarem o período de privação imposto pela Igreja Católica. Durante o Carnaval medieval, era comum a realização de apresentações teatrais na rua, desfiles com carros alegóricos, festas com máscaras. As brincadeiras também aconteciam, e muitas eram atos de zombaria pública, em que uma pessoa era publicamente humilhada perante sua comunidade.
Carnaval
no Brasil Atualmente, o Carnaval é a festa mais popular do Brasil e é comemorado em data móvel, que é influenciada pela data que determina a Páscoa. A Terça-feira de Carnaval é comemorada exatamente 47 dias antes do Domingo de Páscoa. Para percebermos a dimensão do Carnaval em nosso país, podemos usar o exemplo de algumas cidades. No Rio de Janeiro, em 2019, o Carnaval levou cerca de 7 milhões de pessoas às ruas e mobilizou uma receita de 3,7 bilhões de reais|1|. Já em São Paulo, a quantidade de pessoas nas ruas foi de cerca de 5 milhões no mesmo ano. O Carnaval consolidou-se como a principal festa popular do Brasil na década de 1930, durante o governo de Getúlio Vargas. As principais festas de Carnaval do Brasil ocorrem nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife. Os blocos de rua e os desfiles das escolas de samba são seus principais meios de realização.
Carnaval
no Sudeste No caso do Rio de Janeiro, os desfiles das escolas de samba acontecem no Sambódromo, construído em 1984. Os desfiles, tanto em São Paulo quanto no Rio, fazem parte de uma competição que possuí inúmeros itens de avaliação. O desfile das escolas de samba é caracterizado por gigantescos carros alegóricos, enredos de samba inéditos e uma produção de máscaras e fantasias impressionante. Os enredos de samba costumam ressaltar, por exemplo, valores da cultura africana e indígena, e podem também fazer críticas políticas, como foi o caso da escola Paraíso da Tuiuti, em 2018.
Carnaval
no Nordeste
História
do Carnaval no Brasil O entrudo era uma brincadeira popular em que as pessoas, sobretudo as mais humildes, saíam às ruas para sujar umas às outras. Para isso, utilizava-se diversos itens para molhar ou sujar alguém: água perfumada, água suja, lama etc. O entrudo também podia ser executado por outro tipo de troça.
Havia uma distinção
dessa brincadeira entre o povo e a elite, pois a massa popular
realizava-a nas ruas do Rio de Janeiro, e membros da elite local, no
interior de suas famílias. As ações do governo contra essa prática
contribuíram para que ela desaparecesse no século XX. Com o tempo,
diversos outros elementos foram sendo adicionados ao Carnaval
brasileiro, fazendo com que cada região do país tenha uma
peculiaridade nessa celebração. Música A música do Brasil se formou a partir da mistura de elementos europeus, africanos e indígenas, trazidos pelos colonizadores portugueses, que se espantaram com a maneira de vestir dos nativos e a maneira como faziam música. A música brasileira mistura elementos de várias culturas, principalmente as culturas chamadas formadoras, que eram a dos colonizadores portugueses, dos nativos e dos escravos. Os primeiros professores de música no Brasil foram os padres jesuítas, responsáveis pela catequese dos indígenas, a partir de 1549. No sul do brasil os Jesuítas construíram as Missões, que era um projeto que além de levar cultura aos índios, também os ensinavam a religião católica. Ao longo do tempo a ligação com outras culturas de outros países além da metrópole portuguesa, trouxeram vários elementos musicais, que se tornariam impotantes, como as óperas italiana e francesa, e as danças típicas. Até o século 18 a maior parte da música erudita era praticada apenas na Bahia e Pernambuco, mas no final do século, essa grande fusão de diversos elementos metódicos e ritmos africanos que deram ínicio a música popular. A partir do século 17, formaram as irmandades de músicos, algumas algumas integradas somente por negros e mulatos, e passaram a monopolizar a escrita e execução da música em boa parte do Brasil.
Origens Mais tarde o lundu, que no início não era cantado, evoluiu assumindo um caráter de canção urbana e se tornando popular como dança de salão.
A Modinha
O Choro
O Samba Em 1917 o samba saiu das rodas de improvisações dos morros cariocas, e foi considerado representante da música popular. Com o passar dos anos, surgiram outras vertentes do samba urbano carioca, que ganharam denominações próprias como a bossa nova, o samba-rock, pagode e outros. Além de ser um dos gêneros musicais mais populares do Brasil, o samba é bastante conhecido no exterior a partir da música “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, depois se estendeu através de Carmen Miranda, que levou o samba para os EUA, e consagrou também a Bossa Nova. A Bossa Nova foi um movimento urbano, originado no fim dos anos 50 em saraus de universitários e músicos da classe média. No início era apenas uma forma diferente de cantar samba, mais logo incorporou elementos do jazz e desenvolveu um contorno intimista, leve e coloquial, com base na voz solo e no piano, ou violão. Depois da bossa nova, na década de 60, o samba ganhou novas experimentações com outros gêneros, como rock e o funk, e experimentados por vários artistas, onde foram introduzidos novos estilos de composição e interpretação, como o surgimento da Música Popular Brasileira. Depois do samba, e com a crescente abertura do Brasil á cultura globalizada dos anos 90, diversos gêneros e subgêneros musicais surgiram em todo o Brasil, como pagode, axé, sertanejo, lambada, e outros.
Dentro da classe de
músicas tradicionais podem ser incluídas as praticadas pelos
remanescentes das tribos de índios que no ano passado povoavam todo
o território nacional e hoje vivem confinados em reservas,
especialmente na região amazônica e centro-oeste, onde o contato com
o colonizador foi menos profundo e transformador Gastronomia A gastronomia brasileira é ampla, rica e variada. Ela tem suas origens atreladas à miscigenação do nosso povo. E por isso, encontramos iguarias produzidas a partir de receitas portuguesas, africanas, italianas e muitas outras. O Brasil possui uma vasta e diversificada riqueza cultural. A gastronomia faz parte dessa diversidade. Vem com agente, vamos falar um pouquinho sobre a história da gastronomia no Brasil. Nós brasileiros somos frutos de uma intensa miscigenação de povos e culturas, o que fez com que nosso país seja o berço de muitas criações e movimentos culturais. Por isso, o que não faltam são opções em nossa gastronomia, que abrangem desde pratos com frutos do mar requintados, até pratos com carnes, vegetais, doces e bebidas.
Nosso cardápio
diversificado é em decorrência das diversas interações de diferentes
povos que por aqui passaram. Entenda um pouco melhor abaixo sobre a história da gastronomia no Brasil e como o resultado de diferentes povos hoje reflete em nosso prato de comida.
A
influência europeia na gastronomia brasileira Os portugueses que chegaram estavam acostumados com comidas que durava toda a longa travessia do Atlântico. Assim, eles apresentaram aos índios nativos comidas como toucinho, carnes secas, cerveja e peixes salgados. Alimentos como a batata, tomates, molhos e a farinha de trigo vieram anos depois, durante o período de colonização portuguesa. Porém se tornaram ainda mais populares e presentes em nossa culinária na virada do século XX, com a chegada dos imigrantes italianos. Mas, não foram apenas os europeus que trouxeram contribuições para a nossa gastronomia, pois, em troca dessas iguarias, os europeus conheceram os alimentos como a mandioca, o milho, verduras, diversos tipos de peixes, legumes e frutas que eram cultivados pelos indígenas.
A
influência da África na gastronomia brasileira
Coisas famosas e comuns
atualmente como o samba, a capoeira e o candomblé são alguns dos
exemplos e da herança africana em nossa cultura. Além disso, houve também o conhecimento de especiarias como o óleo de dendê. Esses pratos são tão famosos em nossa gastronomia que já podem ser considerados patrimônio cultural do Brasil.
A
influência dos bandeirantes na gastronomia brasileira Foi liderado por aventureiros portugueses de reputação “duvidosa”, se embrenharam em meio ao coração do país e deixaram um rastro de influências por onde passavam, como o feijão tropeiro.
Além disso, como
precisavam de alimentos de fácil consumo, eles se apropriaram de
produtos nativos, como a farinha de mandioca, o cuscuz e frutas. O governo português quis logo transformar esta região num centro econômico do Brasil no período.
Essa grande movimentação
teve como consequência, um aumento significativo no fluxo
migratório, que resultou na criação de novos centros urbanos.
Assim, da cozinha
mineira, podemos destacar a produção de queijos e doces, que pegaram
emprestados técnicas trazidas da Europa.
O
surgimento de uma gastronomia única A vinda da Família Real Portuguesa ao Brasil trouxe consigo uma comitiva com mais de 15 mil nobres portugueses, o mercado de importação começou a ferver em nosso país. Foi neste período que deu início a uma onda de importações de ingredientes até então desconhecidos em nossa terra como molhos, enfeites e acabamentos de pratos.
Também, houve um aumento
do consumo de sobremesas, vinho, pão, saladas e frituras feitas no
azeite. A partir do século XIX com a expansão do comércio internacional, passou-se a importar agora em grande escala conservas, vinhos, cervejas, chás, queijos, novas frutas, chocolates, licores. Assim, a cozinha francesa e inglesa passou a influenciar nossa gastronomia, surgindo, inclusive, neste período, confeitarias e sorveterias, além dos famosos restaurantes italianos e franceses.
O ciclo
do café e sua influência
O café se tornou um dos
principais produtos de exportação brasileiro durante muito tempo e
por isso, se tornou um hábito permanente de consumo.
A facilidade que nós
brasileiros tínhamos de misturar pratos incorporou ao tradicional
arroz e feijão uma pequena porção de macarrão. Já os alemães, trouxeram a sua tradicional cerveja, que, se mantém uma preferência nacional até os dias atuais. Nas últimas décadas com a influência cultural norte-americana forte e presente no todo mundo, o consumo de lanches, principalmente o cachorro quente e o hambúrguer se tornou muito popular e natural no Brasil.
Outras
contribuições a nossa gastronomia Sem dúvida, não podemos negar a influência de outros países como base fundamental na formação do que nossa culinária é hoje. Entretanto, a gastronomia brasileira se renova diariamente, recentemente houve uma onda de influência da culinária árabe, e oriental, que estão fortemente incorporadas aos costumes e gosto dos brasileiros.
Dos árabes, temos a
paixão por kibes e esfihas, dos orientais, temos o sushi, que, sem
dúvida, é o prato oriental mais apreciado em nosso país. Esportes O tênis, natação e handebol possuem muitos seguidores. O futebol de praia, footsack, futetênis, futevôlei, peteca, acquaride, frescobol e o biribol são esportes brasileiros. Nas artes marciais, os brasileiros desenvolveram a capoeira, o jiu-jitsu brasileiro e o vale-tudo.Mas a grande paixão ainda é o futebol. Mas vamos á história: No Brasil, a história do esporte também deve muito aos ingleses, que praticavam o primeiro esporte registrado em terras tupiniquins: o turfe, uma espécie de corrida de cavalo que, ainda em 1810, já era praticado no Rio de Janeiro.
Qual a história dos esportes no Brasil?
Qual foi o esporte criado no Brasil?
Como é visto o esporte no Brasil?
Quais foram os primeiros esportes criados no Brasil?
1º
lugar – Futebol.
Quem trouxe o esporte para o Brasil?
Como é visto o esporte na atualidade? |
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