Lusofonias
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História Angola foi uma colónia portuguesa que apenas abrangeu o actual território do país no século XIX e a "ocupação efectiva", como determinado pela Conferência de Berlim em 1884, aconteceu apenas na década de 1920. A independência do domínio português foi alcançada em 1975, depois de uma guerra de independência.
Angola é um país pertencente ao
continente africano, localizado na região Austral deste. É composta
por 18 províncias e tem uma superfície de 1.246.700km2 .O mesmo
passou por uma dura e sangrenta colonização, imposta pelo Império
Colonial Português, num período de mais de 500 anos .
ACONTECIMENTOS 1576 Ano em que o Império Colonia Português expulsou o Império Holandês do território angolano 1953 Fundação do 1° Partido Político em Angola com o nome de Partido Comunista de Angola (PCA) 1956 Elementos do PCA e outras organizações como o MINA, MIA, MLA, MLN uniram-se dando origem ao Partido de Luta Unida dos Estados Africanos de Angola (PLUA) 10/12/1956 O PLUA, aliando-se ao Movimento para a Independência de Angola (MIA), e a militantes comunistas funda o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA). Porém é importante que se diga que esta versão não é aceite por todos os fundadores…. é uma situação bastante controversa. Porém, esta é versão oficial do próprio MPLA.
1957 Fundação da União das Populações do
Norte de Angola (UPNA), que viria se transformar em União das
Populações do Norte (UPA) Março 1962 A UPA e o PDA, fundem-se na Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) Junho 1964 Jonas Malheiro Savimbi, as vestes de Minístro dos Negócios Estrangeiros do GRAE, abandonou a FNLA e funda a UNITA (União Nacional para Independência Total de Angola). Movimento que dois anos depois, isto é, em 1966, viria dar início a luta armada na região Leste, a Sul do caminho de ferro de Benguela 4/02/1961 Início da Luta de Libertação Nacional que se prolongou até 1974 10/01/1975 à 15/01/1975 Aconteceu os Acordes de Alvor 11/11/1975 Proclamação da Independência Nacional, em plena Guerra Civil, opondo os 3 movimentos de liberação: MPLA, UNITA e FNLA com a participação de forças estrangeiras, nomeadamente as do Zaire, África do Sul, Rússia e Cuba. De fato, o período de transição para a independência de Angola foi marcada por frições ideológicas entre os 3 movimentos que viriam a dar origem a acções armadas com vista à tomada do poder. Face a esta situação crítica, os três movimentos nacionalistas comprometeram-se a cooperar para a paz e preservar a integridade territorial de Angola, para facilitar a reconciliação nacional. Para tanto que foram celebrados vários acordos. Em 1976, as Nações Unidas reconhecem o governo do MPLA como legítimo representante de Angola. Em 10/9/1979 em Moscovo o fundador da nação angolana, o Dr António Agostino Neto, sucedendo-lhe o então da planificação, o Engenheiro José Eduardo dos Santos, figura que até momento atual ocupa o cargo de Presidente da República. Em 11/05/1991 o governo angolano publica uma lei que autoriza a criação de novos partidos, pondo desta forma fim ao Regime Monopartidário. 30/05/1991, com a mediação de Portugal, EUA, União Soviética e da ONU, celebraram-se os Acordos de Bicesse (Estoril), terminando assim com a Guerra Civil, marcando as eleições para o ano seguinte, isto é, Setembro de 1992, que viriam dar victória ao MPLA. A UNITA não reconheceu os resultados, e desencadeou uma grande revolta que culminaram reiniciando o conflito armado. De 1993 à 20 de 11de 1994 celebrou-se o Protocolo de Lusaka (na Zâmbia), entre a UNITA e o MPLA. Quase dois anos de negociações para a sua elaboração, e 4 para a sua frustrada aplicação. Dezembro de 1998 Angola retorna ao estado de Guerra Aberta, que viria terminar em 2002 com a morte do líder na UNITA, o Dr Jonas Malheiro Savimbi. 30/03/ 2002, com a morte do líder da UNITA (22/02/2002), as partes beligerantes assinaram o Memorando de Entendimento na parte Leste de Angola, isto é no Lwena (Moxico). Neste ato foram figuras de destaque o General Nunda da parte do Governo (MPLA) e o General Abreu “Kamorteiro” da parte da UNITA. E alguns dias depois assinou-se o Memorando Complementar. 04/04/2002 – Fim da Guerra Civil, ou seja, Cerimónia de assinatura da paz no Palácio dos Congressos (Luanda), assinado pelas chefias militares, nomeadamente: General Armando da Cruz Neto, então chefe do Estado Maior das FAA e General Abreu “Kamorteiro”, chefe do Estado Maior da UNITA Angola é um país independente hoje, mas para que isso fosse um facto muitos bateram-se em prol disto. Foi assim que reagindo a invasão, os sobas e os reinos dominados, iniciaram uma série de revoltas. As mais importantes revoltas ocorreram no sobado da Kisama, e no sobado dos Dembos que protegiam grupos de escravos fugitivos, do Ndongo, da Matamba, do Kongo, de Kasanje, do Kuvale e do Planalto Central. Das pequenas revoltas, que foram apagadas na história dos vencedores, algumas permaneceram como testemunho da resistência, mostrando que as revoltas nunca cessaram na extensa capitania de Paulo Dias Novais. Eis algumas destas resistências e seus mentores: 1ª – A Revolta de 1570: foi liderada pelo carismático “Bula Matadi”, um aristocrata, que vendo o perigo que corria o seu povo, fez uma guerra de resistência para que não fossem explorados e dominados pelos portugueses. Bula Matadi mobilizou toda a comunidade para expulsar os portugueses do reino do Kongo, com a perspectiva de acabar com as intrigas que enfraqueciam o reino. O governo portugues interviu militarmente ao lado do rei do Kongo, depois de muitas batalhas Bula Matadi foi morto no último combate. 2ª – Resistência no Ndongo: No reino do Ndongo, foi forte a resistência contra a chegada de Portugal. Com o espírito aventureiro, Paulo Dias de Novais procurou o Ngola a fim de se informar das riquezas que havia no Ndongo. Desconfiado das intenções de Novais, não lhe facilitou seu desejo e teve-o preso em Kabasa durante cinco anos. Quando libertou o capitão português, ele regressou ao seu país e voltou alguns anos depois com homens armados, dispostos a fazer a guerra ao Ndongo, a partir da cidade de Luanda, onde se instalou e mandou construir uma fortaleza. Ngola Kilwanje era então o rei do Ndongo. O seu exército conseguiu vencer os portugueses em várias batalhas, embora as armas fossem simples arcos e flechas contra as armas de fogo que os invasores traziam. Contudo, a resistência enfraqueceu à medida que alguns chefes foram abandonando a luta e, quando Ngola Kilwanje morreu, o Ndongo foi aos poucos ocupado pelos agressores. Muxima, Massangano, Kambambe foram caindo na posse dos portugueses que construíram fortes nos pontos altos a fim de melhor vigiar e dominar as populações. Algumas tribos e chefes sujeitaram-se a esta situação e pagaram tributos em escravos aos capitães portugueses. Outros preferiam fugir das áreas ocupadas e continuar a lutar, refugiando-se em zonas protegidas como as ilhas do Kwanza. 3ª – Njinga Mbandi: O maior símbolo da resistência ficou para a Rainha Njinga Mbandi, que além da luta contra a ameaça do colonizador, conseguiu aliar os povos do Ndongo, Matamba, Kongo, Kasanje, Dembos, Kissama e do Planalto Central. Foi essa a maior aliança que se constituiu para lutar contra os portugueses. As diferenças e interesses regionais foram esquecidos a favor da unidade contra o inimigo comum. Esta unidade teve os seus efeitos positivos: durante vários anos, os portugueses perderam posições e foram reduzidos a um pequeno território de onde seriam expulsos se não recebessem reforços. “Desejando restabelecer a paz com o Governador, depois de exaustivas lutas, a nova rainha mandou à Luanda (principal base dos portugueses), uma embaixada, que alcançou os seus objectivos, mediante a intervenção, por ela solicitada, de figuras eclesiásticas de realce entre as quais o bispo. Proposto em 6 de setembro de 1683, o tratado de vassalagem obedeceu a oito condições, estipuladas pelo Governador e aceites pelos protetores da soberania”. Fato que na íntegra forçou a rainha a dar abertura em suas terras para os forasteiros e caçadores de escravos “Será a mesma rainha obrigada a mandar abrir os caminhos para o comércio, sem impedimento algum franquiar nas terras do seu estado, e para que os pumbeiros podessem ir e vir livremente sem que ela ou vassalo seu algum lhes pudessem impedir, antes lhe mandaram fazer toda a boa passagem e tratamento para que sem dilações fizessem os resgates a quem foram encaminhados. ” ( Delgado, 1955:72). O termo pumbeiros é o mesmo que pombeiros: agentes na sua maioria formados por mestiços. Os pombeiros trabalhavam com conta dos grandes chefes, sobas ou militares portugueses. Durante um ou dois anos, internavam-se no interior de Angola, trocavam os escravos por tecidos, vinho e objetos de quinquilharias, voltando com uma centena de negros, homens e mulheres acorrentadas. Este tráfico tinha o nome de “Guerra Preta” porque arrancavam sempre por meios violentos os negros das aldeias. Contudo eram os próprios negros, entre os quais os Jingas, que, levados pela ambição de possuir os objetos trazidos pelos portugueses, faziam guerra aos seus irmãos de cor. Existia até uma moeda especial para pagar os escravos. Em determinada altura, foi uma espécie de conchinha, importada do Brasil, a que deram o nome de Jimbo. Mais tarde, um tecido de folhas de palmeiras o “pano” substituiu o Jimbo. Muitas vezes os auxiliares da “guerra preta” eram os próprios chefes negros, os Sobas que trocavam os seus súditos por vinho, tecidos, sal ou pólvora. Os portugueses forneciam auxiliares a estes sobas: um dos seus soldados servia igualmente de guarda e ordenança. Como constatamos neste documento do século XVII, o comércio, a espionagem e a evangelização, sempre foram armas imprescindíveis na conquista colonial. Há quem pretenda que as razões econômicas estão na base da infiltração portuguesa na África, mas nesse período histórico todas as formas para subordinação foram utilizadas com estratégias traçadas e coordenadas a partir das principais falhas das futuras colônias, principalmente na composição étnica de território Angolano. Os acordos de vassalagem foram extremamente desiguais na composição do reino do Sonso, Quacar, Puriamujinga, Lindi, Cassem e Damba, pois a passagem dos pombeiros teve a garantia do governo central, cabendo aos vassalos, sobas e toda a comunidade indígena de Angola aceitar as condições acordadas na base da imposição militar. Na revolta da Rainha Njinga Mbandi, apesar da sua percepção para uma possível unificação étnica na luta contra o colonizador, a questão da força bélica Lusa foi um fator decisivo. No entanto, passados vários séculos da morte da Rainha Njinga, a idéia da unidade do povo angolano ainda não configurou-se. Nos fins do século XX, vencida a luta contra o colonizador, permanecem as disputas internas pelo poder, com ideologias marcadas pelo rancor dos diferentes grupos étnicos na contra-mão da história. 4º – EKWIKWI II do Bailundo. Ekwikwi II, foi outro herói da resistência, que reinou no Bailundo no planalto Central de Angola há cerca de 100 anos, com influência notável em toda a região. Quando chegou ao poder, os portugueses já dominavam todo o norte de Angola e preparavam para a penetração no interior do Planalto Central em busca de cera, borracha e outros produtos. Nessas circunstâncias, Ekwikwi resolveu preparar o seu povo militar e economicamente para enfrentar a guerra prevista. Sendo assim, ele intensificou a agricultura, principalmente o cultivo do milho, dieta indispensável na cultura dos Bantos. O milho era enviado em caravanas para o litoral na base de troca com os sobados vizinhos. As caravanas do bailundo, com o passar do tempo, passaram a avançar para outros Estados. Com essas viagens, foram expandindo para as novas áreas da borracha e colmeias, tornando o reino do Bailundo conhecido em toda a África Central como o estado mais rico do planalto com vários produtos para o consumo interno e exportação. A comunidade do bailundo viveu intensamente os modelos para a defesa dos direitos e soberania dos estados do planalto baseados nos princípios de Ekwikwi II que, além de fortalecer o seu exército, estabeleceu uma aliança sólida com Ndunaduma I, rei do Bié, para fortalecer sua posição na região. Ekwikwi II foi um rei progressista, dinâmico que sempre governou ao lado do seu povo. Ele foi sucedido por Numa II, que, corajosamente, enfrentou a guerra contra a pesada artilharia portuguesa no ataque à capital do Bailundo. Aos poucos as forças militares portuguesas foram ocupando pontos estratégicos. O Bailundo foi totalmente dominado, sem qualquer resistência a nova imposição Lusitana. 5º- Mutu-Ya-Kevela. Em 1902 os portugueses já tinham o domínio, e ocupação de grande parte do território angolano. Na região do planalto houve a fixação de alguns comerciantes portugueses em busca do milho, cera e borracha. Havia também fortificações construídas em Huambo e Bié para apoiar as trocas comerciais e manter a ocupação na região. Mesmo em pleno século XX, os portugueses mantinham o recrutamento para trabalho escravo na agricultura. Mutu Ya Kevela, o segundo homem mais importante na região, após o rei Kalandula do Bailundo, questionou as autoridades portuguesas contra o trabalho forçado imposto pelos imperialistas. Mutu-Ya-Kevela reuniu todos os sobados e reinos do planalto, convocando 6000 homens contra as colunas militares portuguesas, que sufocaram os rebeldes de Angola em 1902. 6º – Mandume, Rei dos Kwanyama. O sul de Angola esteve sempre disputado pelos portugueses e alemães. Aproveitando tal rivalidade, Mandume, rei do Kwanyama, conseguiu obter armamentos dos alemães, que serviriam para lutar contra os portugueses. Preocupados com uma futura ocupação dos alemães, os portugueses atacaram Njiva de surpresa, antes que o mesmo organizasse a luta armada. Mandume fugiu, iniciando em todo o território Ambó, uma tentativa de unir todas as tribos contra os portugueses. Os Ambós, muito bem organizados, comandados por Mandume, venceram os portugueses numa série de batalhas, obrigando os militares lusitanos a buscar reforços. Os portugueses utilizaram um sistema que ambos conheciam muito bem, corromperam parte da guerrilha Kwanyama, assim venceram as batalhas de Mongwa e Mufilo. Sabendo da vitória dos portugueses, devido ao grande poder de artilharia, e pela traição de alguns sobas, Mandume suicidou-se em 1917, preferindo a morte do que viver sob a subordinação do colonialismo.
Cultura Neste particular, destaca-se algumas festas típicas em Angola: a) Festas do Mar - estas festas tradicionais designadas por “Festas do Mar”, têm lugar na cidade do Namibe. Estas festas provêm de antiga tradição com carácter cultural, recreativo e desportivo. Realizam-se na época de verão e é habitual terem exposições de produtos relacionados com a agricultura, pescas, construção civil, petróleos e agro-pecuária; b) Carnaval - o desfile principal realiza-se na avenida da marginal de Luanda. Vários corsos carnavalescos e corsos alegóricos desfilam numa das principais avenidas de Luanda e de Benguela; c) Festa da Nossa Senhora da Muxima - o santuário da Muxima está localizado no Município da Kissama, Província de Luanda e durante todo o ano recebe milhares de fiéis. É uma festa muito popular que se realiza todos os anos e que inevitavelmente atrai inúmeros turistas, pelas suas características religiosas. Depois de vários séculos de colonização portuguesa, Angola acabou por também sofrer misturas com outras culturas e a música anuncia a riqueza artística de Angola, com os ritmos do kizomba, semba, rebita, cabetula, kilapanga e os novos estilos, como o zouk e kuduro, a animar as noites africanas. As danças tradicionais assumem, paralelamente, a sua relevância, a par da gastronomia rica e variada. A literatura angolana tem origem no século XIX, com uma função marcadamente “intervencionista e panfletária de uma imprensa feita pelos nativos da terra”, sendo que a mesma reflecte também a riqueza cultural do país. É a cultura que molda a imagem de Angola no mundo. Uma política cultural externa para a representação da diversidade cultural de Angola é, portanto, uma grande preocupação do Governo angolano. Artesanato Em Angola o artesanato pode ser erudito, popular e folclórico, podendo ser manifestado de várias formas como, na cerâmica, nos trabalhos em couro, trançados e tecidos de fibras vegetais e animais, tintura popular, madeiras como o pau-ferro, pau-rosa e principalmente pau-preto que dá origem a peça, chamada “O pensador”.
A promoção contínua de
exposições itinerantes e feiras de artesanato, associada à
realização de concertos de média dimensão, pode contribuir para o
aumento da renda e diminuir, paulatinamente, a pobreza dos artesãos
que, ao longo dos anos, têm produzido peças artesanais, muitas das
quais de inegável valor artístico. Gestão e integração do artesanato no sistema de ensino
Estudos recentes sobre
gestão cultural, apontam várias funções do artesanato das quais
destacamos, para além da essencialmente cultural e de terapia
ocupacional, a patrimonial, simbólica, social e comercial, ou seja,
o artesanato é uma importante fonte de rendimento, principalmente
para as pessoas com pouca formação e fraca capacidade de
investimento. Danças
Kabetula
O Carnaval de Luanda é uma festividade popular ocorrida anualmente nos dias de Carnaval em Luanda, capital de Angola. A tradição carnavalesca, trazida pelos colonos portugueses, incorporou, ao passar do tempo, uma gama de tradições locais, enraizando-se profundamente na cultura da cidade. Os primeiros esboços de folia de entrudo foram introduzidos paulatinamente no reino do Congo logo a partir dos primeiros contactos dos Portugueses com gente da bacia do grande rio "N'zadi", o Zaire. As primeiras gentes a seguir este tipo de manifestação foram os N´Zombo da margem sul do N´Zaire e os N´Zaus do lado Norte do mesmo rio, os agora chamados de Cabinda, os Lândanas e Inbindas de então. Mais tarde os N´Zeto do Songo e Solongo, mais a sul do reino de Manikongo também aderiram a este brincar de vida.
Na expansão mercantil
dos vários entrepostos comerciais, e mais para sul, os Tugas,
simultâneamente, transportaram pela costa mais a sul do actual
Ambriz estes costumes ao reino de N´Dongo, (nome das primeiras
canoas e gentes) aquele que veio a ser conhecido por N´gola e depois
de Angola. Os Muxiluandas deram o nome de Muala àquela dança já com alguma coreografia e num ritmo de pré-merengue. O semba apareceu a partir da dança Kazukuta, num lugar conhecido por Samba; o próprio Soba Samba aliado a Manhanga (Maianga) deram ao longo dos anos vivacidade a tal manifestação de folguedos. Aquelas manifestações, a partir de 1800 já tinham grandes momentos de recreação e coreografia. Muito próximo do fim do século XIX, surgiram muceques com nomes de Kamama, Kapiri e Mulenwo que em manifestações de óbito, faziam apelo ao espírito "Kiruwala", exibindo gestos de quase recreação que os Muxiloandas ou Axiluandas usavam para demonstrar fraternidade e apoio social. A partir dos anos trinta do século XX, os moradores da Ilha vinham de canoa até à Marginal a que se veio a chamar de Paulo Dias de Novais, e imitavam os marinheiros portugueses com suas fardas imaculadamente brancas, espadas, divisas amarelas e chapéus a condizer. Faziam a folia regada com T'chissângua e vinho do Puto que os "N'Gwetas" traziam da metrópole; eram tempos de folguedos que os N'Gwetas davam aos seus trabalhadores, quitandeiras e lavradeiras para se esponjarem nas areias da Marginal. Os colonos roçeiros, fubeiros ou funcionários, riam e, à sucapa e, no fundo dos quintais de suas quintas ou casas iam fazendo farras de "arrebenta merengue" por debaixo de uma mulembeira, amendoeira, tamarindo ou até embondeiro; era uma altura própria para as donzelas "N'dele", crioulas e mocamas se conhecerem, falarem das coisas de literatura. As manifestações de Saturno e Baco iam proliferando a partir dos muceques, Sambizanga, Prenda, Catambor, Bairro Operário, São Paulo, Kaputo da Terra Nova, Cazenga, Rangel e os já falados pescadores da Ilha, os Muxiloandas. Os Kaluandas, sempre prontos para a farra, mais os curiosos do Kifangondo, Cacuaco, Catete, Barra do Kwanza,Belas, Maculusso, Praia-do Bispo e Bungo. No ano de 1961, no dia quatro de Fevereiro, as autoridades coloniais suspenderam todas as manifestações de rua. Timidamente no fundo dos quintais e quase em surdina iam fazendo as farras na Samba, Coqueiros, Bairro do Café, Vila Alice, Quinaxixe e Maianga; eram resquícios das festas Juninas em homenagem aos santos populares que brancos e filhos crioulos faziam com regulamentos, letra e música e um prémio do Município de Luanda.Após o ano se 1961, não obstante as autoridades proibirem manifestações de folia, registaram-se tentativas de desobediência em São Paulo, Anangola, Bairro Operário e Bairro do Cruzeiro tendo daí originado distúrbios com forte repressão por forças militarizadas. Era uma vingança às mortes de uns quantos polícias quando do assalto à quarta esquadra por entusiastas do glorioso EME, seguindo-se rusgas e cachorros à solta para agarrar negro (coisas para esquecer, mesmo tontas mas,...de difícil compreensão). Foi o inicio da luta armada, a revolta dos perseguidos em tempos de “qwata-qwata” e, eis que em 1965 o Centro de Informação e Turismo de Angola (CITA), regulamenta conjuntamente com a Câmara Municipal os blocos de participantes idos do subúrbio para alegrar as gentes na Avenida Marginal. Já não havia areia, já existia o Banco de Angola, Cais de pesca e muitas palmeiras imperiais enfeitando um largo passeio ladrilhado e asfaltado desde a fortaleza de São Miguel no Baleizão e o porto de mar do Bungo com sua praça imperial e a estátua do Navegador Paulo Dias de Novais (esta estátua deveria voltar ao seu sítio)
Os blocos desfilavam em corso, mascarados, com latas pintadas, apitos, vestes coloridas a imitar Reis do Puto distante e muitas espadas, lanças, escudos e coroas; naquele dia toda a gente era rei,... Quem o quisesse ser!
Mais tarde surgem os N´gola Ritmos, Os Cunhas, os Rok´s e os Duo Ouro Negro. Seguiram-se-lhe o Lubango, Benguela das acácias rubras, Huambo, Sumbe e tantas outras localidades até que surgiu a Revolta dos Cravos, a 25 de Abril de 1974, comandada por uns quantos oficiais superiores das Forças Armadas de Portugal, cujos resultados se repercutiram nas colónias portuguesas em África até à proclamação das suas independências. O Carnaval que já se notabilizou como uma das festas mais populares do país, registou na sua história várias interrupções. A primeira aconteceu na década de 1940 com a eclosão da IIª Guerra Mundial; a segunda entre 1961 e 1963, com o início da luta de libertação nacional, período que também não houve Carnaval por decreto do regime Salazarista; e uma terceira que aconteceu entre 1975 a 1977. O ressurgir das festividades carnavalescas na então República Popular de Angola foi protagonizado, em 1978, pelo Fundador da Nação e primeiro Presidente de Angola, Dr. António Agostinho Neto. Num comício bastante popular realizado num dos mais emblemáticos municípios de Luanda (o Cazenga), o Poeta-Presidente propunha à população do país a realização do Carnaval numa perspectiva diferente daquela até então conhecida. O restabelecimento do entrudo como uma festa pública e de recreação popular, foi idealizada por Agostinho Neto, com a finalidade de tirar a população do marasmo que absorvia completamente a sua atividade diária. Deste modo, a história do Carnaval pós-independência está intrinsecamente ligada à personagem de Agostinho Neto que, com o seu discurso popular e promissor, apelou aos angolanos à celebração das vitórias conquistadas pelo país, designando assim o Carnaval da vitória. Esta foi a tónica predominante do Carnaval durante muitos anos.
Para além da sua
formação em Medicina, da sua veia literária e do seu desejo de ver o
direito à vida ser irrefutavelmente respeitado, Agostinho Neto
revelou-se também uma personagem impulsionadora das manifestações
culturais e do resgate do legado cultural do país, como pode ser
lido no seu poema do livro Sagrada Esperança, intitulado Havemos de
Voltar: Música
A música de Angola foi
moldada tanto por tendências musicais mais amplas como pela história
política do país. [1] enquanto a música angolana também influenciou
a música de outros países lusófonos . Por sua vez, a música angolana
foi fundamental para a criação e reforço da angolanidade , a
identidade nacional angolana. [2] A capital e maior cidade de Angola
- Luanda - é o lar de um grupo diversificado de estilos, incluindo
kilapanda , semba , kizomba e kuduro . Ao largo da costa de Luanda
fica a Ilha do Cabo , lar de um acordeãoe estilo de música baseado
na gaita chamado rebita .
Música
folclórica Música popular
A música popular de
Angola teve pouco sucesso internacional. Pós-independência
Após a independência,
veio a guerra civil . Muitos músicos populares foram mortos e alguns
dos que foram poupados simplesmente deixaram o país.
Kuduro
Kizomba Gastronomia Angola é um país da África cujo território varia em praias tropicais do Atlântico, um sistema de rios e um deserto subsaariano que se estende através da fronteira com a Namíbia . Cobrindo uma área de 1.246.700 quilômetros quadrados, sua alimentação pode variar de norte a sul e de leste a oeste. Descubra 20 comidas típicas de Angola. A cozinha angolana, como a brasileira, é influenciada principalmente por Portugal devido à sua história colonial que durou mais de 400 anos. A vizinha República Democrática do Congo (RDC) também tem grande influência nos alimentos consumidos pelos angolanos, especialmente no norte do país, onde muitas pessoas emigram da República Democrática do Congo (RDC) fugindo da guerra e da pobreza. Quais são os ingredientes da culinária Angolana? Os alimentos importantes de Angola chama-se funge , seguido pelo arroz e feijão e folhas de kizaca . Como você verá em breve, eles são servidos com a maioria dos pratos citados nesse artigo sobre pratos típicos angolanos. Os ingredientes mais comuns usados na culinária angolana são mandioca, tomate, alho, óleo de palma e feijão. E por causa do Oceano Atlântico e de um vasto território, sua gastronomia oferece uma grande variedade de frutos do mar e carnes. Além disso, a cozinha angolana é conhecida por ser muito picante. Tudo deve ter molho, para que quando a carne ou o peixe terminar, ainda tenhamos o molho para desfrutar.
1. Funge
2. Mufete
3. Calulu
4. Jimboa
5. Kizac
6.
Cachupa
7.
Kissanguá
8. Mukua
9. Muamba
de Frango
10.
Ginguba Torrada
11. Molho
de Tomate, Ovo e Chouriço
12.
Makayabu
13. Arroz
com feijão
14. Bagre
defumado
15.
Chikuanga
16.
Fumbua
17.
Muzongué ou Caldo
18.
Cabidela
19.
Cabrito
20.
Catato
O prato é embalado com
valor nutricional, já que as lagartas têm maior quantidade de
proteína e ferro do que peixes ou carne bovina. Recomenda-se servir
catatos com arroz, funge e molho picante. Até à independência, Angola era, desportivamente, o reflexo e o prolongamento da situação vivida na Metrópole: uma infraestrutura claramente insuficiente, um número baixíssimo de praticantes e fracas prestações nas competições internacionais. Depois da Independência, o sistema desportivo foi radicalmente diferente na sua essência e conteúdos. As duas grandes linhas de força do desenvolvimento desportivo, em que o Estado se empenhava direta e ativamente, foram a massificação desportiva e a participação dos agentes desportivos na conceptualização e organização do sistema desportivo. A política de intervenção no movimento associativo traduziu-se na criação do Comité Olímpico e das Federações, bem como na formação de grande número de novos clubes, particularmente de futebol. Vários fatores, como a guerra, dificultaram a obtenção dos objetivos fixados, mas no essencial, a política desportiva do Governo de Angola assentou nas estratégias que assegurariam, a curto e médio prazo, o desenvolvimento sustentável de um desporto com consistência programática, apostado na diversificação e no crescimento das práticas e dos praticantes. Atualmente, a modalidade mais popular em Angola é o futebol, seguido do Basquetebol, Andebol e o Hóquei em Patins, cujas principais equipas emblemáticas do país são: 1º de Agosto, Petro Atlético de Luanda, ASA, Inter Clube de Luanda, 1º de Maio de Benguela, Nacional de Benguela e Mambroa do Huambo. Os grandes eventos desportivos de Angola foram a realização do Campeonato Africano de Futebol em 2010 (CAN2010), Campeonato Africano de Basquetebol e Andebol, participação da Seleção Nacional de Futebol no Mundial de Futebol na Alemanha, em 2006, participação da Seleção Nacional de Andebol, Basquetebol e Hóquei Patins em mundiais e Jogos Olímpicos, participação em Mundiais e Jogos Olímpicos para deficientes, bem como a realização do Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins, em 2013. |
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